O BTG Pactual elegeu a ação do Iguatemi (IGTI11) como a sua preferida para o setor de shoppings centers, mostra relatório enviado aos clientes nesta segunda-feira (16). O banco está otimista com o papel por causa do portfólio premium que a companhia possui.
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“Também vemos com bons olhos a redução de custos e despesas que a empresa vem fazendo. Além disso, a ação está sendo negociada na Bolsa com múltiplos atrativos, o que deixa o ativo acima dos pares”, explicaram Gustavo Cambauva e Elvis Credendio, que assinam o relatório do BTG.
Para o Iguatemi, os especialistas calculam um preço-alvo de R$ 32 para o final de 2024, alta de 31% na comparação com o fechamento de segunda-feira (15), quando o papel encerrou o pregão cotado a R$ 24,42.
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Mesmo que o Iguatemi seja o preferido, o banco também recomenda compra para quase todas as outras ações do setor. O BTG acredita que as ações dos shoppings ficaram muito baratas por causa de um “temor infundado do mercado”.
“Muitos investidores pensaram shoppings seriam “mortos” pelo comércio eletrônico, mas isso claramente não aconteceu, visto que a taxa de ocupação está entre 93% e 96% e as taxas de inadimplência estão próximas a zero”, comentaram Cambauva e Credendio.
Ações de shoppings foram resilientes na pandemia
Outro ponto levantando pelos analistas é que o setor foi resiliente principalmente após a pandemia, que causou o fechamento de lojas e apresentou alguns picos de inflação, mas os shoppings conseguiriam se manter com os alugéis.
Cambauva e Credendio afirmaram que o mercado não viu uma oportunidade no setor no momento da pandemia e manteve os ativos a um preço muito baixo. “Mais importante, com os investidores evitando o setor, os múltiplos desvalorizaram significativamente, abrindo uma excelente oportunidade de compra”, disseram os analistas.
Por isso, os especialistas recomendam compra para Multiplan (MULT3) com preço-alvo de R$ 34, uma potencial alta de 18,7%. O BTG também recomenda compra para a Alos (ALOS3). Opreço-alvo é estimado em R$ 33, uma possível valorização de 29,1%.
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A única empresa que o BTG não recomenda compra do setor é a SYN (SYNE3), uma administradora de shoppings da Cyrela. “Temos a recomendação neutra para empresa pois seu endividamento acima da média e o portfólio de shoppings da companhia apresenta desempenho inferior ao de seus pares”, ressaltam os analistas.