Na visão do Citi, as entregas e a carteira de pedidos do quarto trimestre de 2023 da Embraer (EMBR3) parecem marginalmente positivas. Os problemas da cadeia de suprimentos foram um vento contrário que fizeram com que as entregas ficassem um pouco abaixo do guidance (projeção da diretoria), mas a carteira de pedidos firmes da fabricante brasileira de aeronaves apresentou um crescimento robusto em relação ao ano anterior, pondera o banco.
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A Embraer entregou 75 jatos entre outubro e dezembro de 2023, enquanto a casa estimava 69, número que refletia as entregas informadas pela Cirium para o trimestre. Já na base anual, a Embraer entregou 64 jatos comerciais e 115 jatos executivos em 2023, um pouco abaixo da meta da empresa de 65-70 e 120-130, respectivamente. “Os problemas da cadeia de suprimentos provavelmente afetaram a produção e levaram à ligeira perda do guidance”, pontua.
Apesar desse vento contrário, a carteira de pedidos firmes da Embraer apresentou um crescimento robusto em relação ao ano anterior, principalmente nos segmentos Executivo e de Serviços. Além disso, o setor comercial foi sólido e a produção de jatos executivos foi satisfatória, segundo o banco.
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A carteira de pedidos firmes aumentou para US$ 18,7 bilhões no quarto trimestre, contra US$ 17,8 bilhões no terceiro trimestre, US$ 17,3 bilhões no segundo trimestre e US$ 17,4 bilhões no primeiro trimestre. “No geral, este foi o maior aumento sequencial na carteira de pedidos consolidada da Embraer em mais de dois anos.
O backlog (fila de entregas) da aviação comercial encerrou o trimestre em US$ 8,8 bilhões, enquanto o backlog da aviação executiva foi de US$ 4,3 bilhões. As entregas de jatos ligeiramente menores provavelmente também apoiaram o backlog”, comentam os analistas Stephen Trent, Jay Singh e Filipe Nielsen.
Assim, o Citi mantém uma recomendação de compra para Embraer, com preço-alvo de US$ 21,00, que significa um retorno esperado de 13% em comparação com a cotação do papel ao fim do pregão desta terça-feira (30).