A Oi (OIBR3) comunicou nesta quarta-feira (21) que a Trustee Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários aumentou sua participação acionária na companhia e passou a deter 33.100.000 ações ordinárias (OIBR3), representativas de 5,14% do total dessa classe de ação.
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Na carta enviada à Oi, a Trustee afirmou que o investimento tem a intenção de contribuir, junto a autoridades, reguladores, poder judiciário do Rio de Janeiro e credores, para uma ampla solução com objetivo de reerguer a empresa.
A gestora ainda reforçou que não celebrou quaisquer contratos ou acordos que regulem o exercício de direito de voto ou a compra e venda de valores mobiliários emitidos pela companhia.
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“Trata-se de um investimento minoritário, sendo certo que a aquisição não altera a composição do controle ou especificamente a estrutura administrativa da companhia. Informamos que temos a intenção de contribuir para melhoria na estrutura administrativa da empresa”, destacou a gestora na carta.
A Trustee administra o Fundo de Investimento Financeiro em Ações Nova Oi, criado em janeiro com a proposta de valorização das cotas por meio de aplicações em ativos financeiros, no caso, as ações ordinárias da Oi (OIBR3). O público-alvo são os investidores profissionais com mais de R$ 10 milhões aplicados, segundo apuração do Broadcast.
A movimentação do fundo pode estar por trás da forte alta das ações ordinárias da Oi (OIBR3) em fevereiro. Na tarde desta quarta-feira (21), os papéis da empresa têm a terceira sessão consecutiva de intensa valorização e sobem 11,81%, cotados a R$ 1,42. No acumulado do mês, já apresentam um salto de 129,03% e, em 2024, registram ganhos de 121,87%.
Investidores também acompanham o desenrolar do processo de recuperação judicial (RJ) da Oi (OIBR3). No início deste mês, a empresa anunciou um novo plano, no qual pretende levantar mais de R$ 15 bilhões por meio da venda de ativos, contando com a operação de banda larga (Oi Fibra), a participação na V.tal (empresa de rede neutra), além de imóveis e outros bens.
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Vale lembrar que a companhia passa por sua segunda RJ para lidar com passivos da ordem de R$ 44 bilhões, contraídos com cerca de 159 mil credores. Em 2022, a empresa já havia encerrado a sua primeira recuperação judicial, iniciada em 2016, depois que a operadora acumulou R$ 65 bilhões em dívidas com 55 mil credores.
Na última sexta-feira (16), a 7ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro publicou o Edital de Convocação para a Assembleia Geral de Credores da Oi, a ser realizada no dia 5 de março. No dia, deverá ser votado o novo plano de recuperação judicial da empresa.
*Com informações do Broadcast