O dólar opera em queda no mercado à vista em meio à agenda do dia mais fraca e o alívio nos juros dos Treasuries longos. Os investidores conduzem uma realização de lucros no câmbio, após o dólar subir 0,81% na última sexta-feira (23), a R$ 4,9930 – maior valor de fechamento desde o último dia 8 (R$ 4,9948) -, ampliando o ganho semanal acumulado para 0,52%, em fevereiro para 1,33% e neste ano, a 2,88%.
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No mercado de juros, as taxas oscilam bem perto da estabilidade em meio a expectativas pelo IPCA-15 de fevereiro, que será publicado na terça-feira (27). O ajuste no câmbio acompanha a queda externa do dólar frente pares rivais e algumas divisas emergentes e ligadas a commodities, como peso mexicano, rublo e rand sul africano, em meio à aposta dos investidores de que o Federal Reserve não tem pressa e poderá iniciar o corte de juros em junho.
Nos próximos dias, a agenda econômica deverá esquentar, com a publicação também do PIB brasileiro do quarto trimestre e no acumulado em 2023, na sexta, 1º/3. Nos EUA, os destaques são também o PIB, na quarta (28), e a inflação medida pelo PCE, que é a preferida do Federal Reserve, na quinta-feira (29). Vários dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) se pronunciam ainda nos próximos dias.
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Mas o recuo do dólar é limitado pela fraqueza de commodities. O petróleo cedia em torno de 0,50% nesta segunda-feira, e o minério de ferro perdeu 3,21% em Dalian, na China, nesta segunda (26), cotado a 875 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 121,57.
As reuniões do G20 no Brasil começam nesta segunda. O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron de Oliveira, representará o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, diagnosticado com Covid, na coletiva de imprensa para apresentação do novo hedge cambial (11h). Na coletiva, será detalhado o Programa de Mobilização de Capital Privado Externo e Proteção Cambial.
O evento contará com a participação de representantes do Banco Central, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ministério do Meio Ambiente, Banco Mundial e Embaixada do Reino Unido. Na sequência dos anúncios, a mesa técnica da coletiva será composta pelo secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, e por Rafael Lima, especialista líder em Mercado e Finanças do BID. Às 9h39, o dólar à vista caía 0,22%, aos R$ 4,9830. O dólar para março cedia 0,28%, aos R$ 4,9835.