O Citi considera que a Petrobras (PETR4) está sendo negociada a preços justos neste momento e não vê assimetria positiva para a estatal brasileira ante pares globais. O banco considera que a Petrobras deve continuar gerando fluxo de caixa, pagando dividendos e aumentando a produção, mas frisa que é o tamanho dos dividendos que definirá o nível de valuation da empresa por ora.
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“A principal questão é qual será o desempenho das ações após o dividendo extraordinário. Em nossa opinião, não há assimetria positiva ou negativa neste ponto”, afirmam os analistas Gabriel Barra e Andrés Cardona, em relatório enviado a clientes.
Os maiores investimentos para os próximos anos e as preocupações com ações judiciais do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf) e seus potenciais impactos, além de projetos em avaliação (que não são considerados no modelo-base do Citi) são alguns dos riscos negativos para os futuros pagamentos de dividendos.
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“Dessa forma, não vemos risco de upside (potencial de alta) relevante, por isso mantemos nossa recomendação neutra e preço-alvo de US$ 15,00 por American Depositary Receipt”, pontuam os analistas. No preço atual, o Citi vê a Petrobras sendo negociada a cerca de 7% o dividend yield (rendimento de dividendo) em 2024, considerando apenas a fórmula dos dividendos.
Já em relação ao balanço do quarto trimestre de 2023, que será divulgado em 7 de março, o Citi espera que a Petrobras registre receita líquida de US$ 26,5 bilhões (+4% ante o terceiro trimestre de 2023, -12% em relação ao quarto trimestre de 2022), Ebitda ajustado de US$ 15,8 bilhões (+20% ante base trimestral, +11% anualmente) e lucro líquido de US$ 7,6 bilhões (+41% trimestre a trimestre, -7% ano a ano).
“Além disso, esperamos que a empresa anuncie cerca de US$ 3,5 bilhões em dividendos [em relação ao quarto trimestre de 2023], considerando sua fórmula de dividendos e uma faixa de US$ 3 a 4 bilhões em dividendos extraordinários, mas vemos espaço para pagamento de cerca US$ 7 bilhões em dividendos extraordinários. Além disso, em nossa opinião, a Petrobras recomprou 159 milhões de ações preferenciais durante o quarto trimestre de 2023, implicando um desembolso de cerca de US$ 1,1 bilhão (R$ 5,7 bilhões)”, destrincham os analistas.
O preço-alvo de US$ 15,00 por ADR representa um potencial de desvalorização de 15,0% sobre o fechamento da última segunda-feira (26).
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