Os rendimentos dos Treasuries caíram, dia de certa cautela no exterior. Os mercados avaliaram dados de crescimento e inflação dos Estados Unidos, bem como falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed), em busca de pistas sobre qual será o futuro da trajetória de juros no país.
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Às 18h (de Brasília), o juro da T-note de 2 anos caía a 4,678%, o da T-note de 10 anos recuava a 4,264%, e o do T-bond de 30 anos baixava a 4,404% Os retornos já caíam no início do dia e sofreram pressão adicional pela manhã, com a publicação da segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) e do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) trimestrais dos EUA.
A atualização revisou para cima o PIB e para baixo o PCE. “Uma reação pouco contraintuitiva, dada a leitura do PIB”, disse o analista Ian Lyngen, do BMO. “Dito isto, houve um movimento de baixa mais amplo dos rendimentos que foi trazido da noite para o dia”, explicou. À tarde, autoridades do Fed compartilharam suas visões sobre a economia.
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John Williams (Nova York) e Susan Collins (Boston) evitaram falar quando deverão começar a cortar juros – principal questão de política monetária para o mercado agora. Williams disse que três cortes em 2024 são um ponto de partida razoável para o Fed começar o debate. Já Collins frisou que precisa de mais tempo para poder analisar os próximos dados e determinar o tamanho da queda nas taxas.
A Capital Economics elevou em 25 pontos-base a sua projeção para os retornos da T-note de 10 anos em 2024 e 2025, a 4%. O ajuste, disse a consultoria, reflete a mudança que fez nas estimativas para os juros básicos dos EUA. Embora tenham empurrado para junho sua previsão de início do relaxamento, a Capital reconhece que suas expectativas ainda parecem “um pouco mais dovish” do que a dos investidores.