Após rumores envolvendo uma possível aquisição da Gol (GOLL4) pela Azul (AZUL4), o Bradesco BBI disse que, caso comprovado o negócio, é esperada uma transação totalmente baseada em ações e com a emissão sem direito de voto, “para consolidar a Gol”. A casa acredita que as sinergias de fusões e aquisições (M&A) poderiam atingir de R$ 1,3 bilhão a R$ 1,7 bilhão por ano, “adicionando de R$ 11 a R$ 13 no preço da ação da Azul”.
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“Em nossa opinião, David Neeleman e a família Chieppe manteriam o controle da Azul, com 4% de participação econômica, abaixo dos 6%”, escrevem os analistas Victor Mizusaki, Andre Ferreira e Gabriel Pinho em relatório. Eles citam também que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) provavelmente aprovaria o acordo “sem quaisquer restrições importantes que poderiam ser um impedimento para a fusão prosseguir”.
O banco frisa que a sobreposição de rotas entre as duas empresas é baixa, com exceção do aeroporto de Congonhas, onde a Azul e a GOL precisariam devolver alguns slots (direito de pousar ou decolar). Apesar dos rumores, na última terça-feira (5) a Azul informou que, até o momento, “não negociou” e “nem aprovou” nenhuma transação específica para analisar a possível aquisição.
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Atualmente, o Bradesco BBI tem recomendação Outperform (equivalente a compra) para a Azul, com preço-alvo de R$ 38, e Underperform (equivalente a venda) para Gol, com preço-alvo de R$ 1. Os preços representam, respectivamente, potenciais valorização de 207% e desvalorização de 61% na comparação com os fechamentos de ontem.