O dólar caiu nesta segunda-feira (26), com ajustes após ganhos recentes e declarações do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) em foco. O euro, nesse contexto, se fortaleceu, em meio a declarações do Banco Central Europeu (BCE) que reforçavam a perspectiva de corte de juros mais adiante, mas sem compromisso com datas específicas.
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No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 151,44 ienes, praticamente estável, o euro avançava a US$ 1,0841 e a libra tinha alta a US$ 1,2640. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrava baixa de 0,25%, a 104,210 pontos.
Entre dirigentes do Fed, Lisa Cook, diretora do banco central, afirmou que um relaxamento monetário prematuro poderia travar progressos para combater a inflação. Cook qualificou o processo de desinflação como acidentado e irregular, mas disse que isso já era esperado. Já o presidente da distrital de Atlanta, Raphael Bostic, reafirmou sua expectativa de apenas um corte nos juros neste ano, dizendo que é possível ser paciente, enquanto a economia mantém o fôlego. O presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, ressaltou a incerteza no quadro, sem se comprometer quanto a datas para o início do ciclo de relaxamento, mas disse que concorda com a mediana das projeções deste mês, que apontam para três cortes nos juros em todo o ano atual.
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Na agenda de indicadores, o índice de atividade nacional do Fed de Chicago subiu de -0,54 em janeiro a 0,05 em fevereiro, quando analistas ouvidos pela FactSet previam -0,35. Já as vendas de moradias novas nos EUA recuaram 0,3% na mesma comparação, quando se previa alta de 2,9%.
Entre o comando do BCE, o economista-chefe da instituição, Philip Lane, disse que há um bom progresso na inflação, o que deve permitir rever “parte” das altas de juros. Lane também demonstrou otimismo sobre a trajetória dos salários, ao esperar que ela esteja em um “processo de normalização” após ganhos recentes. Já o dirigente Fabio Panetta afirmou que o BCE caminha para um corte nos juros e que o consenso para isso cresce nas últimas semanas no conselho do banco central.
Na avaliação do BBH, o dólar estava hoje em processo de consolidação, após ganhos recentes. Já a Capital Economics avaliava que a postura de autoridades na China e no Japão faziam as moedas desses países, yuan e iene, estabilizarem-se frente ao dólar. A consultoria diz que seu cenário-base é que os formuladores de políticas evitarão desvalorizações desestabilizadoras, mas ela também ponderava sobre potenciais riscos para as duas moedas asiáticas e seus impactos.