A Moody’s reafirmou o rating da Gerdau (GGBR4) em Baa3, com perspectiva estável. Em nota, a agência argumenta que o rating é sustentado pela geração de caixa historicamente sólida da empresa, que reflete sua forte posição nos mercados onde atua, sua boa diversidade operacional e geográfica, sua gestão orientada a custos, sua estrutura flexível de custos mínimos e suas políticas financeiras conservadoras.
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“Apesar dos ambientes operacionais voláteis, a Gerdau gerou fluxo de caixa livre (FCF) positivo desde 2013 e foi capaz de reduzir significativamente os níveis de dívida e fortalecer as métricas de crédito, utilizando parcialmente os recursos provenientes de desinvestimentos de ativos”, afirma a agência.
A Moody’s acrescenta que a nota da Gerdau é limitada pela exposição da empresa à indústria siderúrgica cíclica, especialmente no Brasil (Brasil, Ba2 estável) e nos Estados Unidos (EUA, Aaa negativo); e exposição à volatilidade cambial, já que mais da metade do seu fluxo de caixa é gerado no Brasil e em outros países da América Latina.
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A agência pontuou ainda que o desempenho operacional da companhia se deteriorou em 2023, ante níveis fortes em 2022 e 2021, em decorrência, no Brasil, da pressão de preços da concorrência com importações, o impacto da desvalorização cambial na Argentina e nos EUA beneficiando-se de fundamentos sólidos, principalmente para a indústria da construção, e spreads de metal saudáveis.
Para 2024, a agência avalia que os recentes projetos do Brasil no setor de construção residencial e infraestrutura apoiarão a demanda por aços longos, mesmo que os preços e a lucratividade continuem pressionados pela concorrência com as importações. Nos EUA, a lei da infraestrutura e a política de redução da inflação, além de uma concorrência mais racional, apoiarão a procura e a rentabilidade, apesar do crescimento global mais fraco.
“O segmento de aços especiais continuará se beneficiando da recuperação da produção automotiva, principalmente com a lei norte-americana de chips, e dos investimentos em energias renováveis”, destaca a Moody’s.