As atenções dos investidores, internamente, ficam com o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central (BC), que ainda faz um leilão de swap cambial adicional – a primeira intervenção desde dezembro de 2022. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de evento do Bradesco BBI.
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No exterior, há eventos com a participação de quatro dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Ainda serão informados dados de emprego (Jolts) e encomendas à indústria dos EUA. O clima é de cautela em Nova York, onde os índices futuros de ações cedem levemente e os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) avançam a máximas, após recuarem mais cedo. Já o dólar tenta se fortalecer.
Nessa segunda-feira (1º), as T-Notes subiram com vigor em reação a sinais de recuperação na manufatura dos Estados Unidos, que sugeriram juro alto no país por mais tempo do que imaginado. Agora, os investidores aguardam mais dados da economia americana e comentários de uma série de dirigentes do Fed, diante de dúvidas sobre quando o banco central dos EUA poderá começar a reduzir suas taxas.
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Em meio a um cenário de atividade forte nos EUA e inflação ainda elevada, o petróleo merece atenção. A commodity sobe quase 2%, ainda reagindo à piora das tensões no Oriente Médio e Rússia e Ucrânia. Algumas bolsas europeias avançam, na volta do feriado estendido de Páscoa. Por lá, os investidores monitoram uma série de dados econômicos da região em busca de indícios de quando poderão vir os primeiros cortes de juros do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE).
Cenário para a Bolsa no Brasil
O quadro cauteloso nos EUA na manhã desta terça-feira pode contaminar os ativos domésticos, ainda que na véspera já tenham sucumbido ao ambiente de aversão a risco em Nova York. Isso porque cresceram as dúvidas quanto ao ciclo de afrouxamento monetário americano.
No entanto, a alta de quase 2% do petróleo e de 3,09% do minério de ferro em Dalian, na China, tendem a limitar eventual queda do Ibovespa por Nova York. Os ADRs 9recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) de Petrobras (PETR3; PETR4) e Vale (VALE3) e de alguns bancos sobem no pré-mercado americano. A valorização das commodities ainda pode fortalecer o real, mas o dólar forte no exterior é risco.
Além disso, o mercado acompanhará com afinco o leilão adicional de até US$ 1 bilhão (20 mil contratos) em swap cambial, anunciado nesta segunda-feira pelo Banco Central e marcado para as 12h30. Trata-se da primeira vez desde dezembro de 2022 que o BC intervém no câmbio.
Segundo a autarquia, a operação se justifica em razão da “demanda por instrumentos cambiais resultantes dos efeitos do resgate de NTN-A3 (Nota do Tesouro Nacional, subsérie A3) no dia 15 de abril”. Nos juros, a pressão para cima dos Treasuries tende a influenciar as taxas. Os mercados ainda monitoram a participação do ministro Fernando Haddad em evento em São Paulo.
Agenda econômica desta terça-feira
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de evento do Bradesco BBI (17h). O Banco Central divulga o relatório de mercado Focus (8h25) e faz swap cambial adicional. No exterior, há eventos com quatro dirigentes do Federal Reserve. Saem ainda dados sobre abertura de vagas (Jolts) e encomendas à indústria, ambos referentes a fevereiro e às 11 horas.
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