Os rendimentos dos Treasuries recuaram nesta sexta-feira (12), em meio à especulação sobre iminente ataque de Irã a Israel, que induziu uma movimento de fuga do risco e busca por ativos de segurança. A rotação estancou a escalada recente dos retornos, diante de sinais de que o Federal Reserve (Fed) será mais cauteloso no ciclo de relaxamento monetário.
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No fim da tarde em Nova York, a taxa da T-note de 2 anos caía a 4,894%, o da T-note de 10 anos cedia a 4,520% e o do T-bond de 30 anos baixava a 4,626%. Israel está em alerta máximo para uma possível ofensiva do Irã que, segundo múltiplos veículos da imprensa internacional, pode acontecer nas próximas horas.
A investida seria uma retaliação pelo ataque que destruiu um consulado iraniano na Síria no começo do mês. O temor por um conflito mais amplo no Oriente Médio deflagrou uma debandada dos mercados acionários, em benefício da renda fixa e do dólar.
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Neste ambiente de incertezas, a curva antecipou de setembro para julho a expectativa majoritária pelo primeiro corte de juros do Fed, conforme apontou a plataforma de monitoramento do CME Group. Apesar disso, os rendimentos acumularam ganhos ao longo de uma semana que deixou claro que a inflação ainda é uma preocupação nos Estados Unidos.
Hoje, a presidente do Fed de Boston, Susan Collins, disse à Bloomberg que agora espera o início do afrouxamento monetário mais para frente no ano. Os líderes das regionais de Kansas City, Jeffrey Schmid, e Atlanta, Raphael Bostic, também mantiveram o tom cauteloso sobre os próximos passos da política.
Para o BMO Capital Markets, o foco na próxima semana continuará nas perspectivas inflacionárias, mas haverá também atenção às tensões geopolíticos. “Há um debate ativo entre os investidores sobre se a narrativa do ‘solavanco no caminho para níveis de inflação mais normais’ continua a ser relevante”, explica.
