As bolsas de Nova York fecharam sem sinal único nesta terça-feira (16), após o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, apontar que juros devem ficar restritivos por mais tempo. Os comentários limitaram a recuperação dos negócios após o tombo recente, em uma sessão marcada por balanços corporativos e contínuos riscos geopolíticos.
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O índice Dow Jones subiu 0,17%, a 37.798,97 pontos; o S&P 500 caiu 0,21%, aos 5.051,41 pontos. O Nasdaq perdeu 0,12%, aos 15.865,25 pontos. O índice VIX, espécie de termômetro do medo em Wall Street, cedeu 4,32%, aos 18,40 pontos, depois de ter alcançado maior nível desde outubro na véspera. Powell admitiu hoje que os dados mais recentes sugerem “falta de progresso” no objetivo de retornar a inflação à meta de 2%. O quadro deve se traduzir em uma manutenção dos juros em níveis atuais por mais tempo, de acordo com ele.
“Neste momento, dada a força do mercado de trabalho e o progresso na inflação até agora, é apropriado permitir que a política restritiva tenha mais tempo para funcionar”, afirmou”, disse. Nesta toada, a curva futura agora precifica como mais provável um cenário com apenas um corte de 25 pontos-base nos juros do Fed este ano, conforme indica plataforma de monitoramento do CME Group.
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A postura cautelosa do Fed contribuiu para a ausência de ímpeto forte de compras em Wall Street, mas houve espaço para uma acomodação após a forte queda das duas sessões anteriores. De qualquer forma, incertezas sobre a dimensão da resposta de Israel ao ataque do Irã impediram um fôlego mais consistente. A temporada de balanços corporativos também influencia os negócios.
A ação do Morgan Stanley saltou 2,47%, depois que o banco revelou crescimento do lucro no primeiro trimestre. Bank of America, por outro lado, recuou 3,53%, com ganhos e receitas menores. Johnson & Johnson (J&J) baixou 2,13%, na esteira de números que decepcionaram investidores. Apple caiu 1,92%, no dia em que um analista da Evercore alertou para riscos nas perspectivas da fabricante do iPhone.
A Capital Economics enxerga perspectivas positivas para o mercado acionário à frente, diante do entusiasmo em relação à inteligência artificial. Esse movimento levará a uma correlação negativa com os rendimentos dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano), que cederão à medida que os bancos centrais cortem juros, de acordo com a análise.