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Petrobras (PETR4): BB Investimentos rebaixa recomendação após saída de Prates

Entendimento é que riscos aumentaram e relação de risco-retorno é menos atrativa no atual nível de preço

Petrobras (PETR4): BB Investimentos rebaixa recomendação após saída de Prates
Fachada da Petrobras (PETR3;PETR4). Foto: Adobe Stock
  • O BB Investimentos rebaixou nesta quarta-feira (15) a recomendação das ações da Petrobras (PETR4) de compra para neutra após a demissão de Jean Paul Prates do cargo de presidente da companhia
  • Avaliação é que Magda Chambriard, a indicada para assumir o cargo, é um nome "interessante em termos de experiência e adequação ao cargo", mas que as dúvidas sobre o rumo do mandato justificam um maior receio para com o investimento nas ações da petroleira
  • Preço-alvo foi mantido em R$ 47 por ação

O BB Investimentos rebaixou nesta quarta-feira (15) a recomendação das ações da Petrobras (PETR4) de compra para neutra após a demissão de Jean Paul Prates do cargo de presidente da companhia, mantendo o preço-alvo de R$ 47 por papel.

Em relatório, o analista Daniel Cobucci destaca que Magda Chambriard, a indicada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir o cargo, é um nome “interessante em termos de experiência e adequação ao cargo”, mas que as dúvidas sobre o rumo do mandato justificam um maior receio para com o investimento nas ações da petroleira.

Leia também: Como o mercado recebe o nome de Magda Chambriard

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A queda de Prates acontece na esteira de uma série de acontecimentos, depois de uma fritura do ex-CEO relacionada ao episódio dos dividendos extraordinários retidos pela estatal em março e as desavenças com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Ainda assim, o entendimento é que a sucessão na companhia acontece por uma intenção do governo de buscar um nome “menos pró-mercado”, o que, segundo BB, pode significar uma mudança de rumo em uma companhia que vinha com boa execução e excelentes perspectivas.

“Em nosso entendimento, a mudança no comando da companhia não deixa claro quais princípios serão mantidos e quais serão modificados, elevando as incertezas para os minoritários em um momento onde o desconto relativo da companhia (preço/fluxo de caixa anual) já não se encontra tão vantajoso como esteve nos últimos dois anos”, diz Cobucci, do BB, no relatório.

O documento destaca que a tese de investimento na companhia foi mantida e que a mudança na recomendação acontece devido aos riscos que ficaram mais relevantes, tornando a relação risco-retorno menos favorável. “A mudança na recomendação pode ser revertida futuramente, caso tenhamos o entendimento de que as premissas que garantem bom retorno aos minortiários serão mantidas”.

O movimento do BB destoa da postura adotada por outros grandes bancos de investimento. Como mostramos nesta reportagem, BTG Pactual, Goldman Sachs e Bradesco BBI mantiveram as recomendações de compra para a Petrobras mesmo frente ao aumento da volatilidade.

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