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Petrobras (PETR4): teste para Magda será o plano de 2025/2029, diz analista

A escolhida para substituir Jean Paul Prates é uma veterana de 4 décadas da indústria de petróleo e gás

Petrobras (PETR4): teste para Magda será o plano de 2025/2029, diz analista
Magda Chambriard, escolhida por Lula para ser a nova CEO da Petrobras. (Foto: Agência Brasil)

A troca de comando esta semana da Petrobras (PETR4), com a queda do CEO Jean Paul Prates, evidencia a “perene exposição” da companhia ao risco político, avalia a consultoria inglesa TS Lombard nesta quinta-feira. Apesar da reação negativa do mercado, a analista para Brasil, Elizabeth Johnson, espera apenas “mudanças marginais” na petroleira, mas observa que o verdadeiro teste para o novo comando será no quarto trimestre, quando a Petrobras revela seu plano de investimentos para 2025/2029.

A escolhida para substituir Prates, Magda Chambriard, que até 2016 era a chefe da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), é uma veterana de quatro décadas da indústria de petróleo e gás, escreve a analista em relatório.

Magda foi essencial para o projeto do pré-sal sair do papel, segundo o TS. Sempre defendeu o aumento da capacidade de produção no Brasil e também da capacidade de refino, destaca o relatório. Este último ponto está bem em linha com o plano de investimento da Petrobras para 2024/2028, observa Johnson.

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“O apoio dela ao conteúdo nacional e à indústria da construção naval também está em linha com o atual plano de investimento da Petrobras”, ressalta a TS Lombard.

Ao contrário de Prates, ativo nas redes sociais e entrevistas, Magda deve ter um perfil mais discreto, o que evitará atritos com o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, avalia a analista.

Ao mesmo tempo, Magda parece ter uma visão mais “conversadora” em direção a investimentos na transição energética, observa Johnson. A nova presidente da Petrobras tem demonstrado apoio aos investimentos em combustíveis renováveis, como o diesel verde, alertando que a petroleira precisa investir nesses produtos. Mas tem mostrado ceticismo em relação a investimentos caros em energia eólica offshore, argumentando que o foco deveria ser no setor de eólica onshore, que é mais acessível.

Preço dos combustíveis

Para um dos pontos que o mercado mais monitora na Petrobras, a política de preços domésticos de combustíveis, a visão de Magda tem se mostrado em linha com a atual política da petroleira, ressalta o relatório da TS. “Por causa de sua vasta experiência, ela entende que qualquer esforço para subsidiar os preços de combustíveis domésticos apenas aumentaria o risco de escassez deles”, escreve Johnson. “Isso seria um desastre político para o governo, especialmente após as enchentes no Rio Grande do Sul.”

A analista da TS ressalta que, assim como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Magda parece entender que subsídios aos combustíveis são uma “política econômica ruim”, não apenas por causa dos custos altos, mas também pelo estrago que causam na indústria de biocombustíveis.

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