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Dólar hoje sobe pressionado por juros dos EUA; confira a cotação da moeda

Juros dos títulos americanos com vencimentos de médio e longo prazos sobem nesta quarta-feira

Dólar hoje sobe pressionado por juros dos EUA; confira a cotação da moeda
Dólar (Foto: Adobe Stock)

O dólar hoje opera em alta, alinhado à valorização externa da divisa americana e dos rendimentos dos Treasuries (títulos de renda fixa dos Estados Unidos) de médio e longo prazos. Investidores digerem vários indicadores locais, de inflação, fiscal e mercado de trabalho, enquanto aguardam falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) à tarde: John Williams, de Nova York, e Raphael Bostic, de Atlanta.

O mercado reforça posições defensivas cambiais diante da valorização externa do dólar frente a outras divisas principais e várias moedas emergentes nesta manhã de quarta-feira, com juros sem tendências única dos Treasuries, em queda na ponta curta e elevação nos vértices intermediários e longos.

Além disso, há demanda defensiva por precaução em véspera de feriado de Corpus Christi, na quinta-feira (30), quando sairá a segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA, além da perspectiva pelos dados de inflação americana medida pelo Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE, em tradução livre), na sexta-feira (31), dia de fechamento da última taxa Ptax (taxa de referência para operações de câmbio, calculada durante o dia pelo Banco Central) de maio no mercado cambial.

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O setor público consolidado registrou um déficit nominal de R$ 69,638 bilhões em abril. Em março, o resultado nominal havia sido deficitário em R$ 62,981 bilhões e, em abril de 2023, o saldo foi negativo em R$ 25,428 bilhões. No ano até abril, o resultado é de déficit de R$ 224,245 bilhões, ou 6,04% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 12 meses, o déficit nominal nas contas consolidadas do País chegou a R$ 1,043 trilhão – em fevereiro deste ano atingiu o pior resultado nesta base de comparação desde 2021, passando a marca de R$ 1 trilhão. Em porcentual do PIB, o resultado de abril ficou em 9,41%. No final do ano passado, o saldo foi deficitário em R$ 967,417 bilhões, ou 8,91% do PIB.

Mais cedo, o Banco Central (BC) informou também que o setor público teve superávit primário de R$ 6,688 bilhões em abril, abaixo do piso de R$ 12,4 bilhões em pesquisa do Projeções Broadcast (mediana R$ 16,55 bilhões; teto R$ 37,2 bilhões). A dívida bruta do governo geral ficou em 76,0% do PIB em abril (75,7% em março), enquanto a dívida líquida ficou em 61,2% do PIB em abril (61,1% em março).

Emprego e inflação no Brasil

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 7,5% no trimestre encerrado em abril, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta quarta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou abaixo do piso das estimativas de analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que iam de 7,6% a 8,2%, com mediana em 7,7%.

Já o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 0,89% em maio, após alta de 0,31% em abril, informou nesta quarta-feira (29) a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado do IGP-M veio acima da mediana de 0,82% das projeções (0,34% a 1,03%). O indicador caiu 0,34% nos últimos 12 meses. No ano, o índice acumula alta de 0,28%.

O Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 0,6 ponto em maio, a 94,2 pontos, na série com ajuste sazonal, segundo a FGV. O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) caiu 4,0 pontos em maio, a 91,5 pontos, na série com ajuste sazonal. Com o resultado desta quarta-feira (29), a média móvel trimestral do índice subiu 0,7 ponto.

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O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, anunciará nesta quarta-feira (29) medidas para reconstrução da agricultura familiar do Rio Grande do Sul, informou a pasta em nota. O detalhamento das medidas será feito em visita ao Estado e após anúncio de novo pacote ao rio Grande do Sul pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No exterior, o euro reduziu perdas ante o dólar após a leitura preliminar do índice de preços ao consumidor (CPI) da Alemanha mostrar aceleração a 2,4% na taxa anual, em linha com o previsto. Sinais de inflação persistente tendem a favorecer expectativas de um ritmo de relaxamento monetário mais lento na zona do euro.

Às 10h (de Brasília), o euro recuava a US$ 1,0853. O dólar à vista subia 0,70%, a R$ 5,1908.