As ações do BTG Pactual (BPAC11) receberam recomendações para junho dos analistas de Safra, BB Investimentos, Itaú BBA e Guide Investimentos. O papel está na carteira recomendada deste mês das quarto instituições financeiras.
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Os analistas do Safra dizem enxergar um bom ponto de entrada neste momento após a queda recente das ações do banco. Os papéis do BTG acumulam baixa de 9,26% nos últimos 30 dias, indo de R$ 35,15 no dia 6 de maio para R$ 32,27 no dia 4 de junho de 2024. “Gostamos de seu diversificado modelo de negócios, que tem gerado resiliência e boa performance e esperamos a manutenção de resultados robustos para os próximos trimestres”, dizem Cauê Pinheiro, Nayane Kava e Luana Nunes, que assinam o relatório do Safra.
O banco estima que a ação do BTG está sendo negociada a 8,2 vezes o lucro estimado para 2025, tornando o papel atrativo para o investidor.
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Já o Itaú BBA lembra que a queda recente das ações não apaga o “sólido fundamento” da empresa. Os analistas lembram que o BTG reportou lucro líquido ajustado de R$ 2,9 bilhões no primeiro trimestre de 2024, alta de 27,6% na comparação com igual período de 2023.
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O BBA também destaca que o banco reportou rentabilidade, medida pelo Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE, na sigla em inglês), de 23% no primeiro trimestre de 2024. “Os números reforçam nossa visão otimista sobre o nome, um dos poucos do setor financeiro que desafia a atividade de mercado volátil e apresenta um crescimento saudável”, apontam Victor Natal e Rebecca Nossing, que assinam o relatório do BBA.
Os analistas argumentam que o BTG está exposto à atividade econômica no mercado de capitais, sendo mais impactado pela dinâmica de juros no País. Na visão do banco, se o Brasil entrar em um cenário macroeconômico mais favorável o BTG tende a ser o banco que melhor captura tal evolução. Para Natal e Nossing, uma melhora da economia brasileira seria vista igualmente nos resultados e nos múltiplos do banco, deixando o papel interessante para o investidor.
Juros estão precificados na ação do BTG
O BB Investimentos afirma que o BTG tende a se valorizar no momento em que o cenário macroeconômico melhorar. Os analistas, no entanto, levantam questionamentos sobre a precificação dos juros. Em janeiro, o mercado estimava que a Selic encerraria 2024 em 9% ao ano. Agora, o mercado financeiro calcula que a Selic deve terminar 2024 em 10,25% ao ano, 1,25 ponto porcentual acima do projetado inicialmente.
A Selic acima do esperado provoca algum impacto — mesmo que limitado — no negócio principal do BTG, o mercado de ações. Juros elevados provocam uma fuga de capital da renda variável para a renda fixa, deixando os bancos de investimentos um pouco menos estimulantes para o investidor.
“Ainda que o cenário para os juros tenha sofrido um revés recentemente, tanto no Brasil quanto nos EUA — o que acaba por reprecificar de certa forma o risco de uma tese de crescimento como o BTG — em nosso entendimento, o impacto operacional é limitado e a oscilação de curto prazo abre inclusive nova oportunidade de compra”, salientam Victor Penna e Wesley Bernabé, que assinam o relatório do BB Investimentos.
A Guide Investimentos recomenda compra para o BTG por acreditar que o banco oferece um vasto portfólio de serviços financeiros a uma base de clientes brasileiros e internacionais, incluindo companhias, investidores institucionais, governos e investidores de alta renda. “A estratégia operacional do BTG Pactual está voltada aos seus segmentos core (principais), sendo uma boa alternativa de investimento”, afirma Fernando Siqueira, que assina o relatório da Guide.
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