A Empresa Gestora de Ativos (Emgea) obteve com a Caixa Econômica Federal um aumento de prazo para o pagamento de R$ 2,7 bilhões referentes a um empréstimo junto ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que é operado pelo banco público.
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A carência foi concedida até 31 de dezembro de 2026, que é o prazo-limite para a novação (extinção de dívida antiga com a criação de uma nova) dos créditos junto ao Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS), que garantem a quitação de passivos ligados a antigos contratos de habitação.
O empréstimo de R$ 26,1 bilhões foi assumido pela Emgea em 2001, quando a empresa foi criada para assumir ativos problemáticos que até então estavam no balanço da Caixa. Na época, este valor representava 42% do total das operações do FGTS.
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De acordo com a Caixa, os juros contratuais serão incorporados ao saldo devedor no período de carência. O pagamento será em parcela única. A Emgea solicitou a prorrogação em setembro do ano passado, para ter tempo hábil para concluir a negociação da novação das dívidas com o FCVS, que gerarão os recursos que serão utilizados para quitar a dívida.
A dívida da Emgea com o FGTS havia sido prorrogada em dezembro de 2016, primeiro por 36 meses, e foi estendida sucessivamente até junho deste ano. Em 23 anos, a estatal transferiu ao FGTS o valor de R$ 44,06 bilhões (em termos nominais) em pagamento de dívidas, incluindo amortizações extraordinárias.