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- O Ibovespa hoje terminou a sessão em valorização de 0,73%, aos 121.635,06 pontos, mesmo após a aceleração da inflação
- As três ações que mais valorizaram no dia foram Magazine Luiza (MGLU3), Minerva (BEEF3) e Prio (PRIO3)
- As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Suzano (SUZB3), Localiza (RENT3) e Dexco (DXCO3)
O Ibovespa conseguiu fechar em alta mesmo após o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) vir no teto das estimativas de analistas. Nesta terça-feira (11), a principal referência da B3 terminou a sessão em valorização de 0,73%, aos 121.635,06 pontos, e com volume negociado de R$ 18,1 bilhões.
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Investidores monitoraram pela manhã a divulgação do IPCA de maio, que ficou em 0,46% no mês, resultado 0,08 ponto percentual acima da taxa de abril (0,38%). O indicador veio na porcentagem máxima do intervalo de estimativas de analistas ouvidos pela pesquisa Projeções Broadcast, que previam um aumento entre 0,32% e 0,46%, com mediana positiva de 0,40%.
A aceleração da inflação, no entanto, não atrapalhou o movimento de alta do Ibovespa nesta terça-feira (11). Para Andre Fernandes, especialista em mercado de capitais e sócio da A7 Capital, os ativos brasileiros estão depreciados, tendo em vista que as projeções de lucros das empresas vêm sendo revisadas para cima desde 2023 e o Ibovespa descolou dessas estimativas. “A Bolsa então corrigiu hoje parte dessa queda que não está ‘conversando’ com os fundamentos das empresas que permanecem bons, principalmente de companhias já consolidadas em seus respectivos setores”, destaca o analista.
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Enquanto os papéis de varejistas foram beneficiados pelo alívio dos juros futuros, as ações de grandes bancos também tiveram um desempenho positivo se recuperando das perdas observadas na segunda-feira (10). O destaque ficou por conta do Itaú (ITUB4) e do Banco do Brasil (BBAS3), que lideraram os ganhos do setor após avançarem 1,12% e 1,10%, respectivamente. O Índice Financeiro (IFNC), por sua vez, encerrou em alta de 0,93%, aos 12.213,92 pontos.
As ações da Vale (VALE3), de maior peso para o Ibovespa, fecharam em queda de 0,15%, após o minério de ferro terminar a sessão em baixa de 4,16% na Bolsa de Dalian, na China, cotado a US$ 111,2 por tonelada – a menor cotação desde 8 de abril de 2024, quando a commodity era negociada em US$ 109,4.
Já as ações da Petrobras (PETR3;PETR4), também de grande peso para a composição do índice, encerram mistas, com os papéis ordinários (PETR3) em baixa de 0,07%, enquanto os preferenciais (PETR4) avançaram 0,43%. Os contratos futuros de petróleo, por outro lado, subiram levemente, com o barril do Brent cotado acima de US$ 81.
Em Nova York, as Bolsas fecharam sem sinal único. O Dow Jones encerrou em queda de 0,31%, já S&P 500 e Nasdaq renovaram os seus recordes históricos de encerramento, após subirem 0,27% e 0,088%, respectivamente, enquanto as ações da Apple saltaram 7,26% e atingiram máxima histórica, diante da reavaliação do mercado em relação à parceria que a fabricante do iPhone anunciou com a OpenAI.
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Agora, investidores se preparam para uma quarta-feira (12) que promete ser decisiva, com a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos e a decisão de juros do Federal Reserve (Fed).
Nesta terça-feira, o dólar avançou 0,07% frente ao real na sessão, atingindo R$ 5,361, ainda no maior valor desde 4 janeiro de 2023, quando o câmbio estava a R$ 5,45. O euro, por sua vez, caiu 0,13%, sendo negociado a R$ 5,758 ao final do pregão.
Maiores Altas
As três ações que mais valorizaram no dia foram Magazine Luiza (MGLU3), Minerva (BEEF3) e Prio (PRIO3).
Magazine Luiza (MGLU3): +7,99%, R$ 12,44
As ações do Magazine Luiza (MGLU3) dispararam nesta terça-feira (11) e fecharam o dia em alta de 7,99%, a R$ 12,44. Os papéis se apoiaram no alívio dos juros futuros e corrigiram parte das perdas recentes, já que acumulam queda de quase 40% só nos três últimos meses.
A MGLU3 está em alta de 0,4% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 42,06%.
Minerva (BEEF3): +5,21%, R$ 6,26
Entre as maiores altas do dia, estiveram ainda as ações da Minerva (BEEF3), que encerraram em valorização de 5,21%, a R$ 6,26. “Os papéis da empresa subiram forte no pregão de hoje, mas com um volume dentro da média, então não encontramos o que pode ter provocado essa alta”, destaca Fernandes, da A7 Capital.
A BEEF3 está em alta de 0,97% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 16,2%.
Prio (PRIO3): +4,29%, R$ 42,55
Na lista dos principais destaques positivos desta terça-feira (11), figuraram ainda as ações da Prio (PRIO3), que terminaram a sessão em alta de 4,29%, a R$ 42,55. “A empresa divulgou bons números operacionais. Além disso, expectativas de novas altas em relação ao petróleo devido ao verão intenso na Europa podem aumentar a demanda por combustível”, afirma Fernandes.
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A PRIO3 está em alta de 2,26% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 7,6%.
Maiores Quedas
As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Suzano (SUZB3), Localiza (RENT3) e Dexco (DXCO3).
Suzano (SUZB3): -1,55%, R$ 48,92
Em dia positivo para o Ibovespa, os papéis da Suzano (SUBZ3) contrariaram o movimento da maioria dos ativos do índice e fecharam em queda de 1,55%, a R$ 48,92. A sessão foi marcada por ajustes técnicos das ações da empresa, após uma sequência de altas, incluindo a de segunda-feira (10), quando encerraram em valorização de 2,14%.
Ao Broadcast, Julia Monteiro, analista da MyCap, também citou que o fato de a companhia ainda não ter concretizado a compra da International Paper se tornou um fator de risco para as suas ações. “A possível compra da International Paper contribuiu para uma apreciação do papel. Agora, porém, isso se tornou um risco, pois o negócio ainda não foi anunciado”, acrescentou.
A SUZB3 está em alta de 0,45% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 12,06%.
Localiza (RENT3): -0,74%, R$ 41,55
Entre os destaques negativos, também estiveram as ações da Localiza (RENT3), que fecharam em baixa de 0,74% a R$ 41,55. No entanto, nenhum gatilho específico pesou sobre os papéis da empresa no dia.
A RENT3 está em baixa de 2,76% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 34,27%.
Dexco (DXCO3): -0,57%, R$ 6,92
Outros papéis que se saíram mal foram os da Dexco (DXCO3), que encerraram em queda de 0,57% a R$ 6,92, sem nenhuma notícia específica sobre a companhia ter sido monitorada pelos investidores nesta terça-feira.
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A DXCO3 está em baixa de 3,89% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 13,5%.
*Com Estadão Conteúdo