As bolsas de Nova York fecharam sem direção única nesta sexta-feira (14), com ímpeto limitado pela aversão ao risco que se espalhou pelos mercados globais em meio aos temores quanto às eleições legislativas da França. Mas operadores também continuaram observando os sinais para a política monetária americana.
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O índice Dow Jones encerrou a sessão em baixa de 0,15%, aos 38.589,16 pontos; o S&P 500 perdeu 0,04%, a 5.431,60 pontos; e o Nasdaq subiu 0,12%, aos 17.688,88 pontos – este último renovou recorde de fechamento mais uma vez. Na semana, o Dow Jones caiu 0,54%, o S&P 500 avançou 1,58% e o Nasdaq saltou 3,24%.
Entre os destaques, a ação da Adobe se valorizou 14,51%, após a empresa informar avanço nas vendas, diante da crescente demanda pela inteligência artificial (IA). Beneficiados pelo entusiasmo com a IA, Nvidia subiu 1,75% e Broadcom ganhou 3,34%.
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Apesar disso, o sinal negativo predominou em Wall Street, em um sessão que trouxe perdas sólidas nas bolsas europeias. Por lá, pesquisas indicam que a extrema-direita é favorita para vencer as eleições legislativas do fim do mês, antecipadas no domingo pelo presidente Emmanuel Macron.
“A incerteza política na França parece ter-se transformado num clássico evento risk-off”, resume o Rabobank
Nos Estados Unidos, a pressão foi limitada pela crescente expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) corte juros duas vezes este ano, apesar da postura cautelosa de dirigentes. Hoje, o presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, reiterou que serão necessários mais dados favoráveis para justificar o relaxamento monetário. Já a líder da regional de Cleveland, Loretta Mester, comentou que a inflação só deve voltar à meta de 2% em 2026.
Ao mesmo tempo, as expectativas de inflação para 1 ano ficaram estáveis em junho, conforme leitura preliminar da pesquisa da Universidade de Michigan.