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Randon (RAPT4) pode subir 76% até o fim de 2024, diz Itaú BBA. É hora de comprar a ação?

Os analistas lembram que a empresa está se concentrando em negócios com margens mais elevadas

Randon (RAPT4) pode subir 76% até o fim de 2024, diz Itaú BBA. É hora de comprar a ação?
BBA ainda vê risco de impostos elevados para Randon (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

As ações da Randon (RAPT4) podem subir 76,1% até o fim de 2024, segundo relatório do Itaú BBA divulgado nesta quinta-feira (20). A alta é com base no preço-alvo de R$ 16,50 calculados pelos analistas para o fim de 2024. A cifra representa a alta de 76,1% da ação em relação ao fechamento desta última quarta-feira (19), quando a ação da Randon fechou o pregão a R$ 9,37. O banco classifica a ação da Randon como Outperform, desempenho acima da média do mercado, que é equivalente à compra.

O otimismo com o ativo acontece devido a três fatores. O primeiro é a internacionalização de alguns negócios da empresa; o  segundo é a alocação de capital da companhia ser direcionada para negócios com uma margem de lucratividade maior. E o terceiro fator é a ação da companhia estar sendo negociada a múltiplos atrativos.

Na visão de Daniel Gasparete, Gabriel Rezende e Luiz Capistrano, a internacionalização deve ser um pilar fundamental para uma maior resiliência da Randon no futuro. Nesse sentido, eles comentam que as perspectivas para o negócio de reboques e autopeças da fabricante são positivas, visto que o modelo de negócio auxilia a Randon a focar em aumentar sua presença em outro país, como os EUA. Essa presença acontece por meio da Hércules, empresa adquirida em julho de 2022.

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“Alinhada a esta estratégia, a Randon anunciou que a Hércules fechou um novo contrato para 3.000 reboques a serem fornecidos ao longo de 10 a 12 meses a partir do 2º semestre de 2024. Dada a desaceleração do mercado norte-americano e a 4.423 unidades vendidas nos Estados Unidos nos últimos doze meses, este volume parece fornecer potencial positivo para nossas estimativas de trailer e para consenso”, dizem Gasparete, Rezende e Capistrano, que assinam o relatório do Itaú BBA.

Os analistas lembram que a empresa está se concentrando em negócios com margens mais elevadas, como o segmento de autopeças e Fras-le. Por causa disso, eles relatam que a Randon deverá priorizar o crescimento inorgânico no exterior para essas duas divisões. “A administração explicou que a internacionalização de seus negócios de reboques continuará, mas este mercado específico na América do Norte é altamente dependente nas redes de distribuição, o que poderá resultar num ritmo de crescimento gradual no futuro”, apontam os especialistas.

Por fim, o Itaú BBA considera que os papéis da companhia estão atraentes para o investidor por serem negociadas a um Preço sobre Lucro (P/L) de 6,5 vezes em 2024, mas em apenas 2 vezes descontando a Fras-le, o que para os analistas, indica que o papel está barato. Os especialistas acreditam que a avaliação atrativa da empresa, juntamente com dinâmica de lucros positiva para os próximos trimestres e fluxo de notícias positivo para mercado de caminhões, cria uma assimetria positiva para o estoque.

“Por outro lado, a empresa divulgou uma alíquota de imposto de 40% no primeiro trimestre de 2024, em comparação com nossa previsão de 30% para todo o ano de 2024. Se a taxa de imposto não diminuir nos próximos três trimestres, pode haver algum risco negativo para as previsões de lucros”, salientam Gasparete, Rezende e Capistrano, sendo esse o principal risco de se apostar na tesa da empresa.

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