Em um capítulo marcante da história econômica do Brasil, o controverso Plano Collor, implementado pelo ex-presidente Fernando Collor em 1990, ainda ecoa nos corredores da justiça e nas esperanças de milhares de brasileiros.
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Este plano, que ficou conhecido pelo confisco das cadernetas de poupança por 18 meses, é estimado ter retirado do bolso dos cidadãos cerca de US$ 100 bilhões, o equivalente a 30% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro da época.
Mais de três décadas depois, muitos ainda se perguntam se é possível reaver parte desse dinheiro confiscado. De acordo com a Frente Brasileira pelos Poupadores (Febrapo), uma associação que reúne poupadores, advogados e institutos de defesa do consumidor, aproximadamente 140 mil pessoas ainda têm a chance de conseguir a restituição desses valores.
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O Acordo Coletivo dos Planos Econômicos, homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2018, foi um marco importante neste processo. Firmado entre a Febrapo e a Febraban, com mediação da Advocacia-Geral da União (AGU), o acordo viabilizou a resolução de mais de 270 mil processos até o momento.
Contudo, ainda existem aproximadamente 400 mil pessoas com demandas judiciais pendentes, sendo que 140 mil são herdeiros de poupadores que já faleceram.
Recentemente, o STF decidiu estender o prazo para adesão ao acordo até junho de 2025, visando beneficiar aqueles que ainda aguardam pelo ressarcimento nos processos relacionados aos planos econômicos Bresser, Verão, Collor I e Collor II. Portanto, sim, ainda dá tempo de reaver o dinheiro em questão.
Saiba como descobrir se você tem dinheiro a receber:
Colaborou: Gabrielly Bento.
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