- A dinâmica do funcionamento desses ativos é praticamente a mesma em qualquer lugar do mundo
- Quem quiser investir em ativos de renda fixa dos EUA pode escolher entre diversas opções, com características e órgãos emissores distintos
- Investidores também podem procurar corretoras que operam no Brasil para criar uma conta que lhes dê acesso ao mercado norte-americano
Adquirir títulos de renda fixa de outros países é uma estratégia seguida por investidores que desejam diversificar sua carteira de investimentos. E um dos países mais visados para essa finalidade são os Estados Unidos, seja pela maior oferta de instituições financeiras ou pelo mercado secundário mais amplo do que o brasileiro.
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A dinâmica do funcionamento desses ativos é praticamente a mesma em qualquer lugar do mundo. O investidor faz um empréstimo a juros, por um tempo determinado, para o governo (no caso dos títulos públicos) ou para empresas privadas financiarem suas atividade. Passado o período, o investidor recebe a remuneração combinada no contrato.
Quem quiser fazer investimentos de renda fixa dos EUA pode escolher entre diversas opções, com características e órgãos emissores distintos:
- Treasury bonds: títulos do governo divididos em outras subcategorias;
- Corporate bonds: títulos privados, emitidos por empresas;
- Certificates of deposit: semelhante ao CDB brasileiro;
- Exchange-traded funds: ETFs, ou fundos de índice.
Para quem prefere a segurança dos títulos públicos, os chamados T-bonds se parecem com os produtos do Tesouro Direto. Cada um oferece um prazo diferente ao investidor:
- T-bills: prazo de até 1 ano sem pagamento de juros semestrais;
- T-notes: de 2 a 10 anos com juros semestrais;
- T-bonds: entre 10 e 30 anos com juros semestrais;
- TIPS (títulos protegidos contra a inflação, em tradução livre): 5 a 30 anos; se assemelha ao Tesouro IPCA.
Já os títulos de empresas privadas funcionam de maneira semelhante às debêntures. Os prazos tendem a ser maiores do que os títulos púbicos; a classificação de risco depende da saúde financeira da instituição, do compromisso com seus acionistas, do planejamento, entre outros fatores.
Como investir na renda fixa dos Estados Unidos
O investidor que quiser diversificar sua carteira, apostando no mercado de renda fixa dos EUA, tem duas formas principais para fazê-lo: via fundos de investimentos ou exchange-traded funds (ETFs, na sigla em inglês) ou através de bancos e corretoras, para investir diretamente nos Estados Unidos.
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Investidores podem procurar corretoras que operam no Brasil para criar uma conta que lhes dê acesso ao mercado norte-americano. O processo tende a ser simples: a maioria das instituições permite a abertura de forma online, tendo documentos como RG e comprovante de residência. Ainda é possível abrir uma conta de investimento no exterior, mas esse procedimento é mais burocrático.
Os ETFs de renda fixa internacional são fundos negociados em bolsa que replicam (ou tentam) o desempenho de índices de renda fixa global. Essa é uma das maneiras de estar exposto a eventuais ganhos de investidores internacionais. Os fundos de investimento são outra forma de acessar a renda fixa internacional, utilizando a estrutura do mercado brasileiro.
Também vale pesquisar as opções disponíveis no mercado brasileiro, uma vez que algumas instituições podem cobrar taxas de corretagem, IOF, spread cambial e custos para aplicação e resgate.
Vale lembrar que a orientação de um profissional de finanças é sempre recomendada antes de adquirir ativos de qualquer natureza. Além de traçar o perfil do investidor, o especialista ajuda a definir estratégias para suprir a necessidade do cliente, evitando prejuízos ou riscos desnecessários ao investir em renda fixa.
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