As taxas dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) recuavam no fim da sessão desta quinta-feira (11), ainda refletindo a deflação inesperada na economia dos Estados Unidos em junho, o que ajudou a consolidar aposta em alívio nas taxas básicas de juros em setembro. Os rendimentos dos papéis do Tesouro, contudo, chegaram a reduzir a baixa após um leilão de T-bonds de 30 anos com demanda abaixo da média, mas a expectativa ampliada de flexibilização monetária acabou prevalecendo como principal direcionador dos ativos.
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Por volta das 17h00 (de Brasília), a taxa da T-note de 2 anos estava em 4,509%, de 4,623% ontem. A taxa chegou a ceder abaixo de 4,50% pela primeira vez desde março, tocando a mínima intradiária de 4,487%. A taxa da T-note de 10 anos recuava a 4,200%, de 4,281% ontem. No T-Bond de 30 ano, a taxa projetada era de 4,411%, ante 4,471% ontem.
O alcance dos dados sobre os preços nos EUA ficou evidente em fala da presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de São Francisco, Mary Daly. Ela sugeriu que, à luz da maioria dos dados recentes de inflação e do mercado de trabalho, está se sentindo mais confiante em flexibilizar a política monetária do país.
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A ferramenta FedWatch da plataforma do CME Group, que monitora o comportamento da curva futura, indicava aumento considerável na chance de um corte acumulado de 75 pontos-base nos juros até o final deste ano – ou três cortes individuais se considerado o ritmo de 25 pontos-base por ajuste. No fim da tarde, essa hipótese aparecia com 44% de probabilidade, enquanto a chance de redução de 50 pontos-base era de 43,8%.
As taxas dos Treasuries chegaram a reduzir a queda após o governo dos Estados Unidos vender US$ 22 bilhões destes papéis. A demanda pelos títulos foi 2,30 vezes o total ofertado – taxa inferior à média recente, de 2,41 vezes, segundo levantamento do BMO Capital Markets.