Para aqueles que buscam investimentos de baixo risco e com poucos gastos, as LCIs podem ser interessantes. Essas aplicações de renda fixa apresentam retornos maiores do que a poupança, mas ainda contam com a isenção do Imposto de Renda (IR) e taxas administrativas.
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No entanto, a rentabilidade das Letras de Crédito Imobiliário varia de acordo com os tipos de títulos ofertados. Vale lembrar que esses ativos buscam financiar o mercado de imóveis, pois sua emissão é lastreada em operações desse setor. A liquidez também pode variar, a depender de cada instituição financeira.
Em um banco ou corretora, o investidor pode encontrar duas opções para investimentos em LCIs: prefixados e pós-fixados. No primeiro caso, o contratante sabe o valor exato que vai receber no momento da compra; já no segundo, o rendimento é atrelado a indicadores econômicos que podem ser o Certificado de Depósito Interbancário (CDI), o Índice de Preços do Consumidor (IPCA) ou a Selic, a taxa básica de juros.
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A primeira modalidade é mais simples de calcular o rendimento, pois os juros já são apresentados no momento da contratação. Já a segunda rende a partir da variação dos indicadores mencionados. Veja como funcionam as referências e os motivos para afetarem as LCIs nesta matéria.
Assim, o investidor consegue dar mais um passo para entender quanto rendem R$ 100 mil em LCI por mês. Para fins de exemplificação, imagine um título pós-fixado que rende 90% do CDI. Vale lembrar que a taxa Selic está em 10,50% ao ano e o investimento não será tributado.
Neste exemplo, o valor final depois de um mês da aplicação seria de R$ 100.755,32, uma rentabilidade de 0,76%. Porém, é importante destacar que caso o LCI tenha período de carência – mínimo de 12 meses – o resgate não é imediato.
Por isso, é importante estar atento às condições de contrato dos LCIs. Além disso, o planejamento financeiro também é essencial para entender qual é a melhor opção ou melhor momento para investir.
O que é LCI?
Nas letras de crédito, o investidor compra a “dívida” de uma instituição e, depois de determinado tempo, recebe o valor de volta acrescido dos juros, como um empréstimo. Além disso, existem as modalidades prefixada e pós-fixada para esse investimento.
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No caso das Letras de Crédito Imobiliário, seu objetivo é financiar o mercado imobiliário. Para ter certeza de que receberá o dinheiro novamente, o lastro desse investimento – ou seja, o ativo que dá confiabilidade de retorno – é feito com base em algumas operações desse setor, como numa hipoteca. Confira mais detalhes sobre o funcionamento das LCIs nesta matéria.
Quais os riscos de uma LCI?
Antes de investir na modalidade, é importante se manter atento aos riscos das LCIs. Questões como liquidez, inflação e o tipo de prazo procurado pelo investidor são grandes pontos de atenção. Por exemplo, caso o investidor precise resgatar o dinheiro antes do dia de vencimento, não terá o seu rendimento garantido a depender da liquidez e pode ainda sofrer descontos no valor investido, dependendo do tempo de aplicação.
A inflação, por sua vez, vai determinar o poder de compra do investidor ao vencimento do ativo. Para títulos pós-fixados, que possuem o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – principal indicador de inflação no Brasil – como um dos indicadores para sua rentabilidade, ela pode influenciar ainda mais sobre o preço final do ativo.
Em relação às opções de resgate, prazos mais curtos podem deixar o porcentual de rendimento bem abaixo do registrado no ativo tradicional. Por isso, as LCIs são geralmente recomendadas para quem deseja realizar investimentos de médio ou longo prazo.
LCI tem proteção do Fundo Garantidor de Crédito?
As letras de crédito possuem garantia dos investimentos realizados até um valor máximo de R$ 250 mil. Esse valor é assegurado pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que também serve como seguro para outras aplicações do mercado financeiro.
Para receber, as pessoas físicas devem utilizar o Aplicativo FGC, cadastrar as informações necessárias e o pagamento será realizado diretamente em conta corrente ou conta de poupança de sua titularidade.
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Já no caso das pessoas jurídicas, o responsável deverá preencher o formulário presente no site oficial do FGC e o pagamento será realizado por meio de uma transferência exclusivamente para uma conta de titularidade da empresa, ou seja, que esteja vinculada ao CNPJ.
Como investir em LCI: veja o passo a passo
O primeiro passo para investir em uma LCI é abrir uma conta em alguma instituição financeira que possua esse produto.
Após abrir a conta e encontrar os produtos disponíveis, será necessário escolher o título de crédito imobiliário ideal para investir. Nesse caso, o aplicador precisa estar atento às modalidades de LCIs ofertadas, que podem ser prefixadas, pós-fixadas e híbridas.
Depois de escolher o ativo, basta aplicar o valor e concluir sua compra. Cada instituição estabelece um valor mínimo de aplicação. Confira mais sobre as LCIs nesta reportagem.