O Itaú BBA destaca uma visão favorável sobre a JBS (JBSS3) após o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) revisar para cima a produção de carne bovina para 2024, devido ao aumento do abate de novilhos e novilhas, parcialmente compensado por um menor abate de vacas.
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As projeções para a produção de carne bovina do frigorífico para o ano fiscal de 2025 também foram revisadas para cima, apesar de um declínio no abate de vacas. A relação de abate de novilhas e vacas deve se manter elevada em 2024, mesmo com uma redução de 1,3% ao ano.
No setor de aves, há um aumento nos ovos em incubadoras para equilibrar a menor eclosão. Segundo o BBA, a Seara pode enfrentar impactos pela doença de Newcastle e mudanças nos mercados de exportação, mas as perspectivas nos Estados Unidos são positivas.
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“Uma plataforma diversificada deve mais uma vez desempenhar um papel chave na tese de investimento da JBS. Em termos de valuation (valor do ativo), vemos a JBS negociando a 12% de rendimento de fluxo de caixa livre para a empresa (FCF)”, avaliam os analistas Gustavo Troyano e Bruno Tomazetto, mantendo uma visão construtiva sobre a empresa, com uma recomendação outperform (o equivalente a compra) para o papel, com preço-alvo de R$ 39, o que representa um potencial de valorização de 24% sobre segunda-feira (22).
Outras recomendações para além da JBS
Quanto a BRF (BRFS3), o Itaú BBA avalia que a confirmação da doença de Newcastle em aves comerciais no Rio Grande do Sul (RS) pode, em última análise, afetar o momento de lucros para a indústria brasileira de frango.
“Embora ainda não tenhamos informações claras sobre possíveis novos casos a serem detectados e a duração dos embargos, observamos que a disposição para capitalizar uma sólida tendência operacional esperada no segundo trimestre do ano pode ser parcialmente compensada pela incerteza nos próximos trimestres”, apontam os analistas, destacando que o cenário pode levar os investidores a revisarem suas expectativas para o ano fiscal de 2024 caso os embargos existentes continuem por mais tempo.
A recomendação para a BRF é marketperform (o equivalente a neutra), com preço-alvo de R$ 19, o que representa um potencial de desvalorização de 11% sobre o fechamento de segunda-feira (22).
Para a Marfrig (MRFG3), espera-se que o rendimento de fluxo de caixa do acionista (FCFE) fique próximo do ponto de equilíbrio até 2025, dadas as condições desfavoráveis para a carne bovina nos Estados Unidos.
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“Mantemos nossa visão neutra sobre Marfrig devido à incerteza em relação ao momento e intensidade do ciclo de baixa da carne bovina nos Estados Unidos”, apontam os analistas, destacando ainda que observam que o desempenho recente das ações da Marfrig foi impulsionado por expectativas mais fortes para a BRF no curto prazo, o que pode ser interrompido pela proibição de exportação no mercado brasileiro de frango à frente.
A recomendação para Marfrig é marketperform (neutra), com preço-alvo de R$ 14, o que representa um potencial de valorização de 24%, o mesmo da JBS.
*Com informações do Broadcast