Bitcoin inicia agosto com fôlego limitado após decisão de juros nos EUA

O bitcoin inicia agosto com fôlego limitado após decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de manter os juros dos Estados Unidos no intervalo de 5,25% a 5,5%. Por volta das 10h, o BTC subiu apenas 0,45%, o que permitiu ao ativo digital ser negociado a US$ 64,5 mil. Já no acumulado das últimas 24h, a criptomoeda sofre uma desvalorização de 1,67%.

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Na quarta-feira (31), o Fed não descartou a possibilidade de cortar os juros nos Estados Unidos em setembro. A condição para que essa possibilidade entre no radar da autoridade monetária vai depender dos próximos indicadores macroeconômicos que irão mostrar se o declínio da inflação é consistente. “Se a inflação ajudar, o corte estaria em análise em setembro. Olharemos o balanço de risco”, disse Jerome Powel, presidente do Fed, em coletiva de imprensa.

Dado esse posicionamento, se houver um entendimento de que a flexibilização dos juros pode ocorrer já em setembro, há chantes do BTC alcançar a cotação dos US$ 73 mil em agosto, de acordo com as projeções dos analistas. Isso pode acontecer porque a queda dos juros aumenta o apetite a risco dos investidores visto que os retornos dos títulos de renda fixa não se mostrarão mais tão atrativos, como permanecem hoje.

Já as criptomoedas que são classificadas pelo mercado como investimentos de alto risco podem se transformar em um dos destinos de alocação dos investidores para conseguir retornos elevados. “Se o mercado estiver convencido da flexibilização monetária, é possível que isso seja precificado já em agosto, antes do anúncio oficial”, diz Beto Fernandes, analista da Foxbit.

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O ether, critpomoeda da rede ethereum, também mantém um desempenho semelhante ao do BTC. Por volta das 9h, o ativo digital subiu 0,43%, sendo cotado a US$ 3,19 mil. Ao olhar para as últimas 24h, a performance no acumulado desse período mostra uma desvalorização de 3,22%.

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As criptos mais negociadas da América Latina

O bitcoin (BTC), a memecoin Pepe (PEPE) e o ether (ETH) foram as três criptomoedas mais negociadas na América Latina durante o primeiro semestre, segundo dados da corretora de criptomoedas Bitget. As três criptos foram responsáveis por 66,3% do volume de negociação de ativos digitais na plataforma nos primeiros seis meses do ano, sendo o BTC responsávela por 44% desse volume.

“O BTC continuou a atrair a atenção dos investidores latino-americanos com uma performance sólida, refletindo sua contínua importância no mercado global de criptomoedas. Vimos uma valorização de mais de 50% na moeda somente em 2024”, diz Fernando Pereira, analista da Bitget. Já a memecoin Pepe conseguiu se posicionar como a segunda moeda digital mais negociada devido a sua valorização de 800% em 2024.

Mesmo sem apresentar fundamento de investimento, Pereira explica que a memecoin conseguiu construir uma comunidade engajada em torno do ativo digital ao passo de ofuscar o desempenho do ether, segunda maior criptomoeda em valor de mercado que ficou em terceiro lugar no ranking. “A PEPE se destaca por abraçar uma cultura lúdica e centrada em memes, ao mesmo tempo que incorpora tokenomics inovadores e projetos impulsionados pela comunidade que mantêm sua base de usuários engajada e interessada”, detalha o analista da Bitget.

No entanto, há chances do ether conseguir ter mais relevância entre os investidores de criptomoedas nos próximos meses. Em julho, os ETFs de ether à vista passaram a ser negociados na bolsa de valores dos Estados Unidos, o que deve atrair ainda novos investidores para o mercado de criptos, como ocorreu com o bitcoin. ” Os ETFs podem contribuir para isso ao facilitar o acesso e a exposição dos investidores ao Ethereum de maneira mais regulada e familiar”, diz Pereira.

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