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A privatização da Sabesp (SBSP3), empresa de saneamento básico do estado de São Paulo, tem gerado grandes debates sobre as implicações dessa medida para a população e para os acionistas da empresa. Meu foco aqui não é analisar implicações e subjetividades no campo político, mas enfatizo que este componente tem sua relevância, e também influencia na volatilidade do papel. Como investidor, você deve considerar essa variável para tirar suas conclusões.
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Como analista de investimentos, meu papel é trazer a você um olhar técnico quanto ao potencial do ativo dentro desse novo cenário e, dessa forma, te ajudar a compreender a viabilidade ou não de tê-lo em seu portfólio.
A privatização da Sabesp pode trazer várias vantagens para os acionistas, a começar pela entrada de investimentos privados, potencializando o aumento do valor das ações da empresa. Além disso, a privatização também pode levar a uma melhora na gestão, resultando em maior eficiência operacional e redução dos custos. A combinação desses fatores propicia a ocorrência de maior retorno financeiro aos investidores.
De acordo com um estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV), a privatização da Sabesp pode gerar uma economia de R$ 1,5 bilhão por ano para o estado de São Paulo. Some-se a isso a um estudo da KPMG, apontando que a implementação de novas tecnologias e processos pode resultar em 20% de redução de custos operacionais. Esses fatores potencializam a melhora geral na qualidade dos serviços, aumentando a competitividade e atraindo novos clientes, o que amplia a participação de mercado.
É importante ter em conta também os fatores de risco que podem estar no caminho. A perda de controle público, por exemplo, pode tornar a Sabesp menos sujeita às obrigações de transparência e responsabilidade que as empresas estatais devem cumprir. Isso pode levar a preocupações sobre a integridade da governança corporativa. Além disso, as empresas privadas podem ser menos propensas a investir em iniciativas de responsabilidade social e ambiental, uma vez que essas iniciativas podem ser vistas como despesas que reduzem os lucros.
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A partir da privatização, a empresa estará mais sujeita aos humores dos mercados e à pressão dos acionistas da Sabesp para entregar retornos financeiros mais altos. A depender da gestão, isso pode levar à tomada de decisões financeiras mais arriscadas, aumentando o nível de exposição às flutuações do mercado e ao risco de insolvência em caso de desempenho financeiro abaixo do esperado.
Essa é uma resposta muito complexa, pois a decisão de investimento depende das metas e perfil de cada investidor. Em linhas gerais, o que é possível dizer quanto à Sabesp é que o ativo está dentro de um dos setores mais resilientes. Como você certamente já sabe, as empresas de saneamento, elétricas e telecomunicações são as que sofrem menos impactos nos momentos de crise, pois são imprescindíveis.
A otimização de custos operacionais e da estrutura de capital da Sabesp tende a produzir resultados como maior fluxo de caixa e melhor balanceamento de dívidas, podendo maximizar valor para os acionistas. Contudo, você deve considerar todas as variáveis sobre as quais ponderei e avaliar se o potencial de retorno da empresa está em linha com suas metas e prazos de investimento, e somente depois dessa avaliação, tomar sua decisão.
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