A possibilidade de uma recessão econômica nos Estados Unidos gera mau humor no mercado financeiro hoje. Nessa esteira, cresce a chance do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) fazer um corte maior nas taxas de juros do país. Acompanhe ao vivo os efeitos da aversão ao risco nas bolsas mundiais, moedas, criptos e outros assuntos.
O que afeta o mercado financeiro hoje
18h28 – Bolsas de NY fecham em queda e Dow Jones e S&P 500 têm pior dia desde 2022
As bolsas de Nova York fecharam em forte queda, em meio ao temor de recessão nos Estados Unidos. A debanda global do risco, que se estendeu desde a sessão asiática, levou Dow Jones e S&P 500 a registrarem as maiores perdas diárias desde setembro de 2022.
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O índice Dow Jones caiu 2,60%, aos 38.703,27 pontos, o S&P 500 declinou 3,00%, aos 5.186,33 pontos e o Nasdaq fechou em queda de 3,43%, aos 16.200,08 pontos. O índice VIX, uma espécie de “termômetro do medo” em Wall Street, bateu o maior nível desde março de 2020, à época do choque inicial da pandemia de covid-19. Perto do fechamento, o índice saltava 64,90%, a 38,57 pontos. Confira mais detalhes sobre o pregão em NY nesta matéria.
Por Camila Pergentino
16h57 – Bitcoin derrete e chega a tocar nível abaixo de US$ 50 mil
O bitcoin derreteu nesta sessão, arrastado pela aversão que pune ativos percebidos como mais arriscados. A criptomoeda chegou reduzir a queda, após tocar patamar baixo de US$ 50.000 no pior momento do pregão. No final da tarde, a moeda digital ainda mostrava baixa de dois dígitos repercutindo o risco de recessão nos Estados Unidos, as apreensões com a escalada do conflito no Oriente Médio e em um movimento que veio na sequência de um tombo da Bolsa do Japão.
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O bitcoin cedia 10,01%, a US$ 53.418,00, nas últimas 24 horas até perto das 16h27 (de Brasília), segundo a Binance. A ethereum perdia 12,3%, a US$ 2.407,00, no mesmo intervalo.
“O preço do Bitcoin iniciou um movimento de queda causado pela divulgação dos indicadores macroeconômicos nos EUA, enquanto o preço do Ethereum também está sofrendo com as quedas e passou por uma grande correção”, de acordo com Ana de Mattos, analista técnica e operadora parceira da Ripio, empresa de tecnologia blockchain multiprodutos.
Falando especificamente sobre cripto, a ampla liquidação do mercado desencadeada pelos temores de recessão levou à realocação de capital para longe de ativos de maior risco, com as moedas digitais ainda sendo amplamente percebidas como tal, afirmou vice-Presidente da Binance para a América Latina, Guilherme Nazar. O analista pontuou que o movimento foi agravado pelas dinâmicas recentes na corrida presidencial dos EUA, com alguns participantes do mercado avaliando que podem ser menos favorável às criptomoedas como classe de ativos.
Por Patricia Lara, especial para o Broadcast
16h51 – Petróleo fecha em queda com aversão ao risco global
Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda, em meio ao ambiente de aversão ao risco no exterior por temores quanto à desaceleração da economia dos EUA. A desvalorização, no entanto, foi limitada por dado que sugeriu setor de serviços ainda resiliente no país, enquanto investidores monitoram as tensões no Oriente Médio.
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Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para setembro o fechou em queda de 0,79% (US$ 0,58), a US$ 72,94 o barril, enquanto o Brent para novembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em queda de 0,66% (US$ 0,51), a US$ 76,30 o barril.
No início do dia, a commodity registrou perdas e caia mais de 2%, em meio ao ambiente de aversão ao risco. Após divulgação dos dados positivos da economia dos Estados Unidos, com o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços global subindo de 53,1 em junho para 53,3 em julho, houve sinais de alívio no sentimento de risco nos mercados globais e os contratos futuros do petróleo ensairam recuperação.
O chefe de estratégia de commodities do Saxobank, Ole Hansen, avaliou que a pressão inicial na sessão refletia preocupações com a demanda, que superaram as tensões do Oriente Médio. A commodity, segundo o especialista, também é afetada pela perspectiva de crescimento econômico mais fraca na China.
Por Camila Pergentino, com informações da Dow Jones Newswires
16h30 – Bolsas de NY voltam a acentuar perdas
As bolsas de Nova York voltam a acelerar queda e o Nasdaq apresenta perdas de quase 4%, incapazes de sustentar a tentativa de recuperação verificada mais cedo. Diante de incertezas sobre a economia dos EUA, a desmontagem de posições de carry trade continua penalizando ativos de risco globalmente em benefício do iene, conforme análise do Societe Generale.
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Às 16h05 (de Brasília), o índice Dow Jones perdia 2,64%, o S&P 500 cedia 3,07% e o Nasdaq baixava 3,64%. O índice VIX, termômetro de volatilidade em Wall Street, saltava 52,46%, a 35,66 pontos. O dólar caía ainda a 143,779 ienes.
Por André Marinho
16h26 – Ação do GPA (PCAR3) dispara 16% com otimismo sobre o balanço
O GPA (PCAR3) elevou os ganhos para 16,48%, se firmando na ponta positiva do Ibovespa que, no mesmo momento, cedia 0,71%, aos 124.960 pontos. Além do mercado esperar com otimismo o balanço do segundo trimestre da companhia, a analista da MyCap Julia Monteiro destaca que a expectativa de que o Casino venda suas ações no mercado sem pressa, transformando o Pão de Açúcar em uma companhia de capital pulverizado, também traciona o papel.
“A ideia de vender aos poucos está ligada a tentativa de minimizar o efeito de desvalorização do papel no cenário de aversão a risco. O Casino visa fazer um bom negócio, já que a direção não aderiu as ofertas feitas por sua participação”, diz.
Por Júlia Pestana
16h22 – ADRs do Bradesco (BBDC3; BBDC4) batem máximas na Bolsa de NY
Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) do Bradesco (BBDC3; BBDC4) negociados na Nyse (Bolsa de Nova York) batiam máximas de US$ 2,16, subindo 8,67%, instantes atrás. O movimento acompanha o ânimo visto no mercado brasileiro, que leva as ações do banco negociadas no Ibovespa a firmarem altas de 8,47% (ON) e 8,30% (PN).
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Para a Genial Investimentos, os destaques do extrato financeiro deste trimestre do Bradesco foram a inflexão da margem financeira com clientes, a manutenção da queda do custo de crédito e a mensagem da administração de uma “tendência contínua de melhoras em vários indicadores”. O Ibovespa neste momento recua 0,73%, aos 124.934.
Por Amélia Alves
16h00 – Bolsa de Tóquio muda limites de negociação de ETFs
A operadora da Bolsa de Tóquio anunciou várias alterações de limites de negociação de fundos de índice (ETF, na sigla em inglês), após os amplos movimentos observados no pregão de hoje. Em meio ao forte nervosismo que assolou os investidores, o Topix, um índice da bolsa de valores japonesa para empresas domésticas, despencou 12,23%.
“Como o leilão de 11 emissões foi encerrado com preço superior (inferior) na Tokyo Stock Exchange (TSE), o limite superior de preço diário (limite inferior de preço), será ampliado no próximo dia útil (6 de agosto)”, diz o comunicado divulgado nesta segunda-feira pelo Japan Exchange Group.
Entre as alterações, foi ajustado o limite do Topix Bull 2x ETF. O limite inferior de preço diário para esse produto passará a ser de 320 ienes, enquanto o limite superior permanecerá em 80 ienes. Esse ETF derreteu 80 ienes, ou 19,20%, para 336,6 ienes na sessão dessa segunda-feira. Confira os outros ETFs afetados nessa matéria.
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Por Patricia Lara, especial para o Broadcast
15h24 – GPA (PCAR3) ignora mau humor generalizado e lidera ganhos do Ibovespa
Na contramão do mau humor generalizado, que denota risco para os ativos domésticos, as ações do GPA (PCAR3) surfam alta de 9% e passam a liderar os ganhos do Ibovespa, após passarem por leilão motivado por ‘limite estático’, que a B3 estabelece para restringir variações de preço do ativo em relação ao estabelecido no início do pregão regular. Neste momento o papel é cotado a R$ 2,90.
O GPA divulga na próxima terça-feira (6) o seu balanço do segundo trimestre do ano, revigorando apostas do mercado, como mostrou última edição do Top Picks. Para analistas, os desinvestimentos nos postos de combustíveis e a reorganização societária, após separação do Éxito, revigoram apostas na companhia.
Neste momento, o Ibovespa cede 0,68%, aos 125.001 pontos.
Por Amélia Alves
15h02 – Ouro fecha em queda e se afasta de máxima histórica
O ouro fechou em queda hoje, em sessão marcada por disputa pela busca por segurança diante da forte valorização do iene e da demanda por Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano), em meio a cenário global de aversão a risco.
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O ouro para dezembro fechou em baixa de 1,02%, a US$ 2.444,40 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). O ouro voltou a cair pela segunda sessão consecutiva, se afastando da máxima histórica alcançada na semana passada apesar do clima de aversão a risco global.
Temores em relação à possível recessão da economia americana derrubaram mercados acionários da Ásia, Europa e Wall Street, depois de leitura fraca do payroll na última sexta-feira. Ao mesmo tempo, os juros dos Treasuries também derreteram aos menores níveis desde 2023, pressionando o ouro a cair cerca de 2%.
No entanto, o TD Securities acredita que a aversão a risco deve continuar influenciando uma “desalavancagem” de posições nos mercados internacionais, prejudicando novamente os preços do metal precioso. Assim, o banco de investimentos acredita que esse ambiente e posições muito longas de investidores devem disparar uma onda de vendas do ouro, baixando os preços futuros para cerca de US$ 2.390 por onça-troy, apesar das limitações pelo aumento de tensões geopolíticas no Oriente Médio.
Por Laís Adriana
14h55 – Ações do Bradesco (BBDC3; BBDC4) ajudam na recuperação do Ibovespa
A redução nas perdas do Ibovespa e a nova tentativa do índice de permanecer acima dos 125 mil pontos foi auxiliada pela escalada no preço das ações do Bradesco (BBDC3; BBDC4), que sobem mais de 7% após a empresa apresentar resultados melhores que os esperados pelo mercado.
Por volta das 14h40, o Ibovespa recuava 0,53%, a 125.181 pontos. As ações do Bradesco, sozinhas, somavam 0,30 ponto porcentual à variação do índice, e na outra ponta o destaque era a Petrobras (PETR4), que subtraía 0,18 ponto porcentual.
Por Gustavo Nicoletta
14h31 – Libra é a única moeda em desvalorização ante o dólar no índice DXY
A libra esterlina é a única moeda da cesta do índice DXY em desvalorização contra o dólar americano hoje, após incertezas políticas locais diante de protestos violentos da extrema-direita no fim de semana. As tensões se somam ao impacto da redução da taxa de juros pelo Banco da Inglaterra na quinta-feira (1º).
A libra perde caía a US$ 1,2770 perto das 13h30 (de Brasília). O índice DXY aponta baixa de 0,44%, a 102,750 pontos, recuperando-se da mínima intradiária de 102,160, mantendo-se em queda ante as demais moedas fortes do DXY – o euro, franco suíço, dólar canadense, coroa sueca e iene.
Por Patricia Lara, especial para o Broadcast
14h26 – Cobre fecha em baixa com a venda incessante de ações
O cobre fechou em queda hoje, com a venda incessante de ações em meio ao quadro agudo de aversão ao risco pelos crescentes temores de que os Estados Unidos caminham para uma recessão, após recentes dados fracos do mercado de trabalho americano.
O metal chegou a reduzir a baixa ao longo da sessão, mas ainda ostentou perda de mais de 2% e foi abaixo de níveis monitorados pelos operadores – abaixo de US$ 9.000 a tonelada em Londres e de US$ 4,000 por libra-peso na Comex. O cobre para setembro fechou em baixa de 2,53%, em US$ 3,999 a libra-peso, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Por volta das 14h20 (de Brasília), o cobre para três meses era negociado em queda de 2,62%, a US$ 8.847,00 a tonelada, na London Metal Exchange (LME).
Os mercados de cobre também estão pressionados pela atividade de venda desencadeada por algoritmos, à medida que os fundos de hedge que operam com estratégias de gestão de futuros, os chamados CTAs, começaram a desmontar posições, após liquidações pesadas pelos fundos macro, observou o TD Securities em nota.
O recuo dos preços das commodities ocorria a despeito da baixa do índice DXY do dólar, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de divisas. O índice apontava desvalorização de 048%, a 102,709 pontos, por volta das 13h58 (de Brasília).
Por Patricia Lara, especial para o Broadcast
13h30 – dólar reduz alta ante aversão a risco
Já bem abaixo das máximas vistas pela manhã, o dólar desacelerou um pouco mais o ritmo de alta e tocou nova mínima, tanto no segmento à vista quanto no futuro. Há uma moderação da aversão ao risco no exterior após dados do setor de serviços nos EUA acima do esperado. Confira mais detalhes nesta matéria.
O iene reduziu os ganhos na comparação com o dólar, o que reduziu a pressão sobre moedas emergentes de países de juros altos. Com mínima a R$ 5,7383, às 13h10, o dólar à vista era negociado a R$ 5,7439, em alta de 0,60%. O dólar futuro para setembro, que registrou mínima a R$ 5,7550, operava a R$ 5,7661, alta de 0,28%.
13h01 – Ibovespa reduz baixa com NY no radar
O Ibovespa reduziu consideravelmente o ritmo de queda e mira a marca dos 125 mil pontos, em sintonia com a desaceleração do recuo das bolsas americanas.
Além disso, algumas ações do Índice Bovespa diminuíam as perdas, caso de Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3; PETR4). “Considero um absurdo o comportamento do mercados. Foi exagerado. Um payroll (relatório de emprego dos EUA) que traz uma geração de 114 mil pontos não é nada ruim. Acho que uma recessão nos Estados Unidos é improvável”, avalia Alvaro Bandeira, coordenador de Economia da Apimec Brasil.
Às 12h41, o Ibovespa caía 0,88%, aos 124.746,12 pontos, depois de ceder 2,21%, na mínima aos 123.073,16 pontos.
13h – Bolsas de NY reduzem perdas
As bolsas de Nova York ainda apresentam perdas firmes, mas já começam a ensaiar recuperação e tocam máximas do dia. Há crescentes questionamentos sobre a dimensão do pânico que se instaurou no mercado desde a última sexta-feira (2), em meio a temores por recessão nos EUA.
Mais cedo, dado de serviços firme pôs em xeque a narrativa sobre fraqueza na economia dos EUA. A Capital Economics reconhece que as chances de uma deterioração econômica aumentaram, mas ainda vê um pouso suave como cenário mais provável.
Às 12h42 (de Brasília), o índice Dow Jones caía 2,11%, o S&P 500 perdia 2,38% e o Nasdaq cedia 2,78%. O índice VIX – espécie de “termômetro do medo” em Wall Street – subia 48,87%, a 34,82 pontos, bem abaixo da máxima do dia aos 65,73 pontos.
12h50 – aumento da volatilidade nos juros globais
O aumento da volatilidade nos juros globais traz maior cautela ao mercado local, onde as taxas passam a exibir alta moderada neste começo de tarde. Lá fora, os retornos das T-Notes (títulos emitidos pelo Departamento do Tesouro dos EUA) de 2 e 10 anos renovaram máximas há pouco, o que puxou para cima as taxas domésticas, que têm espaço para correção após terem encerrado a última semana com forte devolução de prêmios.
Na Europa, os juros dos títulos da dívida também ganharam força e chegaram a renovar máximas intraday (período de um dia de negociação na Bolsa de Valores) há pouco.
Às 12h30, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 subia de 11,28% no ajuste de sexta-feira (2) para 11,30% e a taxa do DI para janeiro de 2029, de 11,75% para 11,78%.
12h47 – Bitcoin estende perdas
O bitcoin estendeu as perdas de mais cedo e chegou a cair mais de 10%, abaixo de US$ 50 mil, dando sequência ao movimento de aversão ao risco global que pesou sobre os mercados desde a leitura do payroll americano na sexta-feira (2), que renovou os temores por recessão na maior economia do mundo. Às 12h30 (de Brasília), o preço do bitcoin caía 8,1%, a US$ 54.556,93, segundo cotação da Binance.
12h45 – aversão no exterior penaliza ações no Ibovespa
Apenas sete papéis da carteira do Ibovespa operam no azul, com Bradesco (BBDC3; BBDC4) puxando ganhos a 5,14% (PN) e 5,12% (ON), com ajuda do balanço do segundo trimestre.
O otimismo antecipado do mercado com os balanços de Minerva (BEEF3) e Drogasil (RADL3) colocam-nas no positivo. Já Cemig (CMIG4) aproveita a aversão ao risco e é vista entre investidores como uma empresa “resiliente e defensiva”.
Enquanto isso, o Ibovespa cai 1,14% (aos 125.416 pontos), com a pressão de outros 79 papéis.
12h40 – recuperação de juros na Europa
Os juros dos títulos da dívida da Europa ganham força e chegam a renovar máximas intraday (período de um dia de negociação na Bolsa de Valores) em alguns países, em meio à incipiente melhora no sentimento de risco globalmente, que afasta os mercados acionários das mínimas do dia.
Sinal de aparente alívio europeu é o avanço do índice VSTOXX – equivalente ao VIX na região – para 24,519 pontos, depois de ter atingido 40 pontos mais cedo, maior nível desde março de 2022.
Às 12h20 (de Brasília), o retorno do Gilt britânico de 10 anos subia a 3,9760%, na máxima do dia, enquanto o do BTP italiano para igual vencimento aumentava a 3,6690. Nos EUA, o retorno da T-note (títulos emitidos pelo Departamento do Tesouro dos EUA) de 2 anos avançava a 3,9016%.
12h30 – euro supera U$ 1,10 e alcança maior nível em 7 meses ante dólar
O euro superou a marca de US$ 1,10 e atingiu maior nível em sete meses na comparação com o dólar, à medida que as perspectivas de cortes de juros dos Estados Unidos levam investidores a buscarem a divisa europeia.
O Rabobank explica que a moeda comum exibe resiliência apesar de sinais de fraqueza na indústria da Alemanha e incertezas fiscais na França. Mesmo assim, o banco prevê que a escalada do euro deve ser contida em breve à medida que o mercado começar a reverter a precificação por improvável corte de juros em reunião extraordinária.
Às 12h10 (de Brasília), o euro subia a US$ 1,0978, após bater US$ 1,1009 na máxima – maior nível desde o começo de janeiro.
12h13 – juros enfrentam volatilidade
As taxas de juros negociadas no mercado futuro enfrentam volatilidade nesta segunda-feira (5), principalmente pelo ambiente de aversão ao risco no exterior, pelos temores de recessão nos Estados Unidos.
As taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) iniciaram o dia em baixa, alinhadas ao recuo dos retornos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense), mas o movimento foi contido pelo dólar, que registra alta firme desde o início dos negócios – veja aqui como a moeda abriu.
A movimentação ocorre também em um ambiente de cautela com o cenário doméstico, na véspera da divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e no dia do boletim Focus, que confirmou a deterioração das expectativas para a inflação no horizonte observado pelo Banco Central (BC). Veja os detalhes do relatório do BC nesta matéria.
Na avaliação de Marcelo Boragini, sócio da Davos Investimentos, o momento é de exageros no mercado, o que acaba por distorcer o movimento dos ativos. “É um dia de volatilidade, mas ela tende a perdurar, uma vez que há ainda o movimento vindo da política monetária do Japão, que vem interferindo no dólar, devido à reversão das operações de carry trade (mecanismo utilizado para tentar obter lucros com base na diferença entre a taxa de juros de dois países)”, afirma.
Às 11h46, os juros do contrato de Depósito Interfinanceiro com vencimento em janeiro de 2025 tinha taxa de 11,600%, ante 11,566% do ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2026 projetava 11,29%, contra 11,28%. E a taxa do DI para janeiro de 2027 estava em 11,53%, de 11,49%.
12h – Ibovespa atenua queda e mantém os 124 mil pontos
O Ibovespa defende a marca dos 124 mil pontos, enquanto as bolsas americanas reduziam a velocidade de queda há pouco. Ainda assim, o recuo do principal indicador da B3 supera 1% e há desvalorização em quase toda a carteira. O arrefecimento dos ativos aconteceu após a divulgação de Índice de Gerentes de Compras (PMI) dos EUA. Os resultados ficaram acima de 50, indicando expansão da atividade econômica americana.
Na avaliação de Beto Saadia, diretor de Investimentos da Nomos, a atividade americana não está desaquecida. “O que vimos foi especificamente no emprego. O payroll, divulgado na sexta-feira (2), veio muito abaixo do esperado. A atividade está forte, mas não tão aquecida”, afirma. “O pânico na Ásia foi uma resposta ao payroll – saiba mais aqui. O Japão também subiu juros na semana passada, e isso contribuiu para o desmonte de carry trade (mecanismo utilizado para tentar obter lucros com base na diferença entre a taxa de juros de dois países)”, completa. “A ideia de recessão é exagerada e a própria reação do mercado caso tenha uma recessão nos EUA é exagerada”, acrescenta Saadia.
Às 11h44, o Ibovespa caía 1,20%, aos 124.349,56 pontos, depois de ceder 2,21%, aos 124.228,82 pontos. O Nasdaq, que chegou a cair quase 5,00%, cedia 3,77%.
11h30 – Agenda econômica hoje
A agenda econômica desta segunda-feira (5) traz o Índice de Gerentes de Compras (PMI) de serviços americano e o boletim Focus. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faz sua primeira visita de Estado ao Chile no atual mandato. Ficam ainda no foco rumores sobre o futuro da nova presidência da Vale (VALE3) – saiba mais aqui.
Durante a semana, a agenda local concentra atenções na ata do Comitê de Política Monetária (Copom) de julho, previsa para terça-feira (6). Na quarta-feira (7), será publicado o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) e, na quinta-feira (8), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho.
No exterior, sairão a balança comercial americana, vendas do varejo da zona do euro, dados de estoques de petróleo, além de indicadores chineses.
A safra de balanços também merece atenção. Nesta manhã, saiu o resultado trimestral do Bradesco (BBDC4) e nos próximos dias serão divulgados os números do Itaú (ITUB4), Banco do Brasil (BBAS3), Petrobras (PETR3; PETR4), entre outros. Lá fora, o balanço da Walt Disney (DISB34) fica no foco.
11h07 – PMI de serviços nos EUA
O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços dos Estados Unidos subiu de 48,8 em junho a 51,4 em julho, informou hoje o Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês). Analistas ouvidos pela FactSet previam um aumento menor, a 51.
O subíndice de preços subiu de 56,3 em junho a 57,0 no último mês, enquanto o de empregos passou de 46,1 em junho a 51,1 em julho, na segunda expansão do ano, e o de novas encomendas recuou de 52,2 a 47,6.
11h01 – Ibovespa reduz perdas
O IBOV reduziu as perdas e chegou ao patamar dos 124 mil pontos, depois de ceder à mínima dos 123.073,16 pontos. O movimento coincidiu com a perda de velocidade da desvalorização das bolsas americanas.
No entanto, as perdas ainda são expressivas. O Nasdaq, por exemplo, diminuía a queda de cerca de 5,00% para 4,00%, após a divulgação do PMI de serviços dos EUA. Às 10h58, o Ibovespa caía 1,38%, aos 124.118,40 pontos, com o índice futuro renovando máxima a 124.395 pontos, com recuo de 1,90%.
11h – Efeitos em Wall Street
O mau humor de sexta-feira (2) em Wall Street se estende para os ativos nesta segunda-feira, após o payroll mostrar menos criação de vagas de emprego nos Estados Unidos em julho do que o esperado, suscitando temores de uma recessão no país.
Desta forma, crescem as apostas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) terá de cortar juros de forma mais agressiva nos próximos meses.
Nos EUA, os papeis da Apple (AAPL34) e da Nvidia (NVDC34) caem entre 8,00% e quase 10%, pela ordem. Além dos temores crescentes de uma queda da economia americana, o recuo das ações reflete a informação de que a Berkshire Hathaway revelou que reduziu sua fatia na Apple em quase 50%. Ainda há relatos de que a Nvidia irá adiar seus chips de inteligência artificial (IA) de próxima geração em pelo menos três meses.
Em Nova York, o futuro do Nasdaq cai mais de 4,00%. Na busca por proteção, os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) cedem bem como o dólar em relação ao euro e ao iene.
10h30 – Bolsas europeias
As bolsas europeias também têm quedas expressivas, com ações do setor bancário aparecendo entre as maiores retrações.
10h- Commodities
Apesar do avanço do minério de ferro em Dalian, de 1,97%, as ações da Vale (VALE3) não devem ficar imunes ao risco de recessão nos EUA. O petróleo, por sua vez, cai em torno de 2,00%, devendo atingir em cheio os papéis do setor na Bolsa e consequentemente o Ibovespa.
9h30 – Mercado brasileiro
A fuga dos investidores de ativos de risco no exterior também deve ser vista no Brasil. No pré-mercado de Nova York, os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) das principais empresas brasileiras despencam, bem como o EWZ, principal fundo de índice (ETF) do Brasil (-3,61%, perto das 7h30).
O lucro trimestral do Bradesco acima do esperado pode não ser suficiente para evitar uma queda dos papéis do banco – veja aqui as pistas de como o banco deve abrir nesta segunda-feira. A expectativa é de queda geral do Índice Bovespa e dólar para cima.
Já os juros futuros podem cair, influenciados pelo recuo dos rendimentos dos Treasuries. Assim, tendem a elevar a pressão do mercado financeiro hoje sobre o Banco Central (BC) e a expectativa para a ata do Copom e o IPCA de julho, que saem nesta semana.
9h- Bolsas da Ásia despencam
Na Ásia, houve queda generalizada e a Bolsa de Tóquio despencou 12,4% no mercado financeiro hoje. Os mercados da China continental e de Hong Kong tiveram perdas relativamente menores, após dados mostrarem que o setor de serviços chinês se expandiu em ritmo mais forte em julho e em meio a anúncios de novos estímulos do gigante asiático.
*Com informações do Broadcast