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Investimentos

Quanto os atletas brasileiros ganharam nas Olimpíadas e em quais ativos de renda fixa podem investir?

Em número total de medalhas, campanha brasileira ficou atrás apenas da edição de Tóquio 2020

Quanto os atletas brasileiros ganharam nas Olimpíadas e em quais ativos de renda fixa podem investir?
Foto: Wander Roberto/COB (Fotos Públicas)

Os Jogos Olímpicos de Paris foram encerrados no último domingo (11). O saldo dos atletas brasileiros foi de 20 medalhas: três de ouro, sete de prata e dez de bronze. A soma da premiação em dinheiro dos esportistas, paga pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), está avaliada em R$ 4,6 milhões. Se aplicarem seus prêmios em títulos de renda fixa, os atletas podem ver suas quantias multiplicar.

Existem diversas razões para que os medalhistas olímpicos brasileiros invistam o dinheiro. A começar pela tributação: neste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou uma medida provisória (MP) que isenta prêmios em dinheiro recebidos durante as Olimpíadas da França da cobrança de Imposto de Renda (IR).

Com isso, o aporte inicial dos investimentos pode contar com, pelo menos, 27,5% a mais do que antes da publicação da MP 1.251/2024. Essa é a alíquota cobrada dos contribuintes que possuem renda superior a R$ 4,6 mil mensais no Brasil. A faixa de isenção do IR, por sua vez, se limita a dois salários mínimos, ou cerca de R$ 2,8 mil mensais.

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Outro fator que pode encorajar os medalhistas brasileiros a aplicar seus ganhos em ativos de renda fixa é a segurança que eles passam aos investidores — principalmente aos menos experientes. Ativos como o Certificado de Depósito Bancário (CDB) podem ser encontrados na modalidade prefixada, em que a remuneração é sabida antes da assinatura do contrato.

Dessa forma, se o investimento for mantido até a data do vencimento, o retorno previsto será pago pela instituição financeira. E, no caso de insolvência, o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) cobre a quantia aplicada, observado o limite de R$ 250 mil. Além do CDB, as Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio (LCI e LCA) também contam com a cobertura oferecida pelo FGC.

Quanto rende o valor das premiações na renda fixa?

O mercado brasileiro de renda fixa é amplo e conta com ativos diversos, negociados sob condições que também podem variar muito, a depender do banco ou corretora contratada. Por isso, o mais aconselhado é pesquisar, fazer cálculos e, se possível, buscar a ajuda de um profissional do ramo das finanças.

Além disso, as premiações olímpicas contam com valores diversos, de acordo com a posição no pódio e a modalidade do esporte (individual ou coletivo). Além disso, existe outra diferenciação entre esportes coletivos de dois a seis atletas (como vôlei de praia) e de equipes com mais de sete integrantes (como futebol, por exemplo). Confira abaixo as quantias:

Categoria individual (um único atleta)

  • Ouro: R$ 350 mil.
  • Prata: R$ 210 mil.
  • Bronze: R$ 140 mil.

Categoria grupo (valor dividido entre dois e seis atletas)

  • Ouro: R$ 700 mil.
  • Prata: R$ 400 mil.
  • Bronze: R$ 280 mil.

Categoria coletiva (valor dividido entre sete ou mais atletas)

  • Ouro: R$ 1,05 milhão.
  • Prata: R$ 630 mil.
  • Bronze: R$ 420 mil.

Se o valor da medalha de ouro individual (R$ 350 mil) fosse investido em um CDB, com retorno de 100% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI), a aplicação devolveria ao investidor ganho líquido de R$ 30,7 mil ao término de 12 meses de contrato. O cálculo já considera o desconto de IR.

Mas se o prêmio em dinheiro pela medalha de prata individual (R$ 210 mil) fosse aplicado em uma LCI, pelos mesmos 12 meses, o rendimento líquido seria de R$ 19 mil. Vale lembrar que as LCI e LCA são isentas da tributação de IR — um atrativo para muitos investidores.

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Considerando o prêmio pela medalha de bronze individual (R$ 140 mil) aplicados ao Tesouro Selic, o retorno obtido pelo investidor, ao término de 12 meses, seria R$ 11,8 mil, já descontada a cobrança de IR e outras taxas aplicáveis.

Esses produtos de renda fixa, vale lembrar, são considerados como os mais seguros do mercado brasileiro. Os primeiros, devido à já citada cobertura de R$ 250 mil do FGC. Os títulos do Tesouro Direto, por sua vez, por serem garantidos pelo governo, por meio do Tesouro Nacional.

Quanto cada atleta faturou com os Jogos Olímpicos de Paris

  • Rebeca Andrade (ginástica artística): R$ 826 mil (ouro + duas pratas individuais + bronze por equipes);
  • Beatriz Souza (judô): R$ 392 mil (ouro individual + bronze por equipes);
  • Ana Patrícia e Duda (vôlei de praia): R$ 350 mil cada uma (ouro em dupla);
  • Willian Lima (judô): R$ 252 mil (prata individual + bronze por equipes);
  • Isaquias Queiroz (canoagem de velocidade): R$ 210 mil (prata individual);
  • Tatiana WestonWebb (surfe): R$ 210 mil (prata individual);
  • Caio Bonfim (marcha atlética): R$ 210 mil (prata individual);
  • Larissa Pimenta (judô): R$ 182 mil (bronze individual + bronze por equipes);
  • Alison dos Santos (atletismo): R$ 140 mil (bronze individual);
  • Rayssa Leal (skate): R$ 140 mil (bronze individual);
  • Bia Ferreira (boxe): R$ 140 mil (bronze individual);
  • Gabriel Medina (surfe): R$ 140 mil (bronze individual);
  • Augusto Akio (skate): R$ 140 mil (bronze individual);
  • Edival Pontes (taekwondo): R$ 140 mil (bronze individual);
  • Flávia Saraiva (ginástica artística por equipes): R$ 56 mil (bronze por equipes);
  • Jade Barbosa (ginástica artística por equipes): R$ 56 mil (bronze por equipes);
  • Lorrane Oliveira (ginástica artística por equipes): R$ 56 mil (bronze por equipes);
  • Júlia Soares (ginástica artística por equipes): R$ 56 mil (bronze por equipes);
  • Rafaela Silva (judô por equipes): R$ 42 mil (bronze por equipes);
  • Ketleyn Quadros (judô por equipes): R$ 42 mil (bronze por equipes);
  • Leonardo Gonçalves (judô por equipes): R$ 42 mil (bronze por equipes);
  • Rafael Macedo (judô por equipes): R$ 42 mil (bronze por equipes);
  • Guilherme Schmidt (judô por equipes): R$ 42 mil (bronze por equipes);
  • Daniel Cargnin (judô por equipes): R$ 42 mil (bronze por equipes);
  • Rafael Silva (judô por equipes): R$ 42 mil (bronze por equipes);
  • Seleção feminina de futebol: R$ 35 mil para cada jogadora (prata);
  • Seleção feminina de vôlei: R$ 32 mil para cada jogadora (bronze);
  • Total: R$ 4,620 milhões.

Na soma das medalhas, essa foi a segunda melhor campanha do Brasil em Jogos Olímpicos, ficando atrás apenas da edição de 2020, em Tóquio. Na ocasião, o País somou uma medalha a mais, fechando os Jogos com 21 pódios na conta.

Na classificação geral, porém, o Brasil terminou a competição de 2020 mais bem ranqueado (em 12º lugar), com sete ouros, seis pratas e oito bronzes. Na edição deste ano, na França, o País encerrou sua participação nas Olimpíadas na 20ª colocação.

A busca pela orientação de profissionais capacitados da área de finanças é sempre recomendada, na hora de adquirir títulos de renda fixa no mercado. Um consultor ou assessor de investimentos pode ajudar a entender as necessidades do cliente, evitando riscos desnecessários.

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