A agenda econômica desta quinta-feira (15) traz a divulgação das vendas do varejo, produção industrial e pedidos semanais de auxílio-desemprego. No mercado financeiro hoje, dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de St. Louis, Alberto Musalem, e da Filadélfia, Patrick Harker, participam de eventos. No Brasil, o fiscal concentra atenções com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), adiando para esta quinta-feira a análise do projeto de lei que prorroga a desoneração da folha de pagamentos.
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Ainda na agenda hoje, o Tesouro faz leilão de Nota do Tesouro Nacional série F (NTN-F, título de renda fixa) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reúne-se com o governador do Maranhão, Carlos Brandão, na sede da Pasta em Brasília.
Confira os 4 assuntos em alta no mercado financeiro hoje
Bolsas internacionais
Os ativos internacionais operam com sinais divergentes moderados nesta manhã, enquanto os investidores avaliam dados chineses e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e da produção industrial do Reino Unido.
Os índices futuros de Nova York sobem moderadamente, sugerindo o terceiro ganho seguido das bolsas. As bolsas europeias operam em alta, mas Paris e Londres passaram a testar leve queda. Já os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) e o dólar operam com viés de baixa na maioria dos casos.
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Na Ásia, as bolsas fecharam sem direção única, após o crescimento menor do que o esperado da produção chinesa em julho e do aumento acima do previsto das vendas do varejo na China, além do avanço superior ao estimado do PIB japonês no trimestre até junho.
Juros dos EUA
O foco do dia está nos dados de atividade dos EUA, incluindo vendas do varejo, produção industrial e pedidos semanais de auxílio-desemprego. Nos últimos dias, leituras benignas da inflação americana consolidaram expectativas de que o Federal Reserve cortará juros pela primeira vez em quatro anos e meio, na reunião de política monetária de setembro, embora ainda haja dúvidas sobre a magnitude dessa queda.
Na quarta-feira (14), o resultado do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos EUA reduziu as apostas de um recuo de 0,50 ponto percentual do juro básico no próximo mês, enquanto o Índice de Preços ao Produtor (PPI) reforçou a expectativa.
Ao Financial Times, Raphael Bostic, presidente da distrital do Fed em Atlanta, disse estar “aberto” a um corte de juros em setembro, à medida que a inflação está desacelerando.
- Leia mais: Fed prevê só 1 corte de juros em 2024 e economistas alertam para impacto no mercado brasileiro
Commodities
O recuo de 2,09% do minério de ferro em Dalian, na China, apesar de alguns dados positivos do país vistos por analistas, pode representar um risco à elevação do Índice Bovespa, em um dia de agenda esvaziada de indicadores no Brasil. Entretanto, a valorização do petróleo pode aliviar a pressão nos ativos.
Mercado brasileiro
O viés de alta dos índices futuros de ações em Nova York e o avanço do petróleo podem estimular um oitavo pregão de valorização e novas pontuações recordes do Ibovespa, que fechou na faixa dos 133 mil pontos, a melhor marca de 2024, no último pregão – veja aqui.
Na B3, uma série de balanços será avaliada pelos investidores. Além disso, a pauta fiscal pode gerar volatilidade nos mercados, com a esperada análise do projeto de lei que prorroga a desoneração da folha de pagamentos.
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A estabilidade do dólar no exterior tende a levar a uma moderação do real, enquanto o desempenho módico dos rendimentos dos Treasuries pode oferecer pouco direcionamento aos juros futuros no mercado financeiro hoje.
*Com informações do Broadcast