O UBS BB rebaixou a recomendação de Itaú (ITUB4) de compra para neutra devido ao seu valuation (valor do ativo) e ao potencial limitado de valorização em relação ao preço-alvo. O banco fixou um preço-alvo de R$ 42, o que representa um potencial de valorização de 13% sobre o fechamento de quarta-feira (21).
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Em relatório, os analistas Thiago Batista, Olavo Arthuzo e Beatriz Shinye apontam que ao final do segundo trimestre, a companhia apresentou uma liquidez (CET1) de 13,1%, o que o UBS BB considerou significativamente acima de sua meta interna de 12,0%, indicando um capital excedente de R$ 13,9 bilhões.
O banco ainda faz uma análise mais positiva do Banorte, do México, em relação ao Itaú, destacando que as tendências operacionais de ambos similares, com um retorno sobre patrimônio médio (ROAE) projetado para 2024-25 de cerca de 23% para ambos, um crescimento estimado de empréstimos de cerca de 9% para o Itaú contra cerca de 10% para o Banorte, e um crescimento estimado do EPS (lucro por ação, na sigla em inglês) de cerca de 12% para o Itaú contra cerca de 9% para o Banorte.
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O UBS BB avalia ainda que o capital excedente é de cerca de 4% do valor de mercado para o banco contra cerca de 5% para o Banorte. “Mesmo considerando a turbulência política no México, os indicadores econômicos como crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), situação fiscal e rendimento de longo prazo no Brasil não superam os do México”, apontam.
Para o segundo semestre de 2024 e o ano de 2025, o banco estima um lucro de R$ 66 bilhões para o Itaú, com R$ 20 bilhões destinados a suportar a expansão dos ativos ponderados pelo risco (RWA) do banco e os R$ 46 bilhões restantes a serem distribuídos, além do capital excedente de R$ 13,9 bilhões do segundo trimestre de 2024. Os dividendos projetados de R$ 59 bilhões representariam cerca de 16% do valor de mercado do banco até o final de 2025.
A instituição avalia que o Itaú (ITUB4) é negociado com múltiplo de 2,0 vezes o preço/valor patrimonial (P/BV) para o ano de 2024, marcando um dos seus níveis mais elevados nos últimos tempos, o que restringe o potencial para uma reavaliação futura. “Projetamos um retorno total de 21% para o Itaú até o final de 2025, baseando-se em uma estimativa de R$ 59,5 bilhões em dividendos nos próximos 18 meses e um P/BV de 2,0 vezes ao final de 2025”, apontam.
* Com informações do Broadcast
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