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Educação Financeira

Mudanças do Banco Central no Pix atingem usuários de celular; veja as dicas para evitar golpes neste momento

As novas medidas começam a funcionar a partir de novembro, buscando mais segurança aos clientes

Mudanças do Banco Central no Pix atingem usuários de celular; veja as dicas para evitar golpes neste momento
(Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

O Banco Central (BC) realizou suas últimas mudanças no funcionamento do Pix em julho deste ano por meio das Resoluções BCB de nº 402 e 403. As novas medidas, que entram em vigor em 1º de novembro, incluem mecanismos de segurança para a forma de pagamento instantânea, além de uma nova data de lançamento para o Pix Automático.

A partir de novembro de 2024, os dispositivos que nunca realizaram transferências via Pix terão limitações no uso da modalidade. Os aparelhos que não estiverem cadastrados poderão transferir até R$ 200,00 por vez, desde que o limite diário não ultrapasse R$ 1.000,00. Vale lembrar que é possível alterar essa configuração quando o cliente, junto ao banco, confirmar a confiabilidade do dispositivo.

O BC também alterou as regras de segurança na entrada e saída de recursos. As instituições passarão a ter de, necessariamente:

  • utilizar solução de gerenciamento de risco de fraude que contemple as informações de segurança armazenadas no Banco Central e que seja capaz de identificar transações Pix atípicas ou não compatíveis com o perfil do cliente; e
  • disponibilizar, em canal eletrônico de acesso amplo aos clientes, informações sobre os cuidados que os clientes devem ter para evitar fraudes.

Além disso, as instituições que fornecem o Pix devem verificar, pelo menos uma vez a cada seis meses, se seus clientes possuem marcações de fraude na base de dados do BC. Nesses casos, o banco ou corretora pode até mesmo finalizar o relacionamento ou entregar tratamento diferenciado para suspeitas de golpe.

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Segundo o BC, esses aperfeiçoamentos nos mecanismos de segurança têm como objetivo continuar desenvolvendo soluções para combater as fraudes e os golpes, garantindo um meio de pagamento cada vez mais seguro para a população.

Já o lançamento do Pix Automático deve ser disponibilizado para a população em 16 de junho de 2025. Seu objetivo é facilitar cobranças recorrentes, podendo ser utilizado como forma de recebimento por empresas de diversos tamanhos e setores de atuação.

Mediante autorização prévia em sua conta no banco, o usuário permitirá os débitos periódicos de forma automática, sem a necessidade de autenticação a cada transação. Já para o usuário recebedor, a nova ferramenta do Pix, desenvolvida pelo Banco Central, promete aumentar a eficiência, diminuir os custos dos procedimentos de cobrança e reduzir a inadimplência.

Dicas de segurança para o Pix

Mesmo com as novidades reforçando a segurança dos pagamentos, o Pix já possui alguns recursos antirrisco. Para evitar cair no golpe do Pix, por exemplo, é importante ficar atento a algumas medidas de cuidado, sugeridas pela B3:

  • Desconfie se o banco ou outra instituição financeira pedir sua senha, pois uma única chave Pix é o bastante para realizar a transação;
  • Confira se o pagamento caiu na hora. Se o valor não chegou após poucos segundos na conta em que deveria cair, pode ter algo errado;
  • Desconfie de cobranças de taxas em pagamentos via Pix para pessoas físicas, pois elas são isentas.

Além das recomendações acima, é importante estar atento também à segurança digital dos smartphones. Confia algumas dicas:

  • Ter o número de série do celular (IMEI) anotado fora do dispositivo. Em caso de roubo, é possível solicitar à operadora o bloqueio do celular informando o IMEI;
  • Proteger o celular ativando os códigos PIN e PUK. Há configurações de bloqueio do dispositivo quando o PIN é digitado erroneamente três vezes. Para o desbloqueio, é preciso outro código, o PUK;
  • Se há mais de um aplicativo de banco instalado no celular, é aconselhado o registro de senhas diferentes para cada um;
  • Nunca armazene no celular fotos ou anotações contendo documentos, senhas e dados de cartões.

Vale lembrar que é comum que os bancos estabeleçam limites para transferências via Pix, por questões de segurança. Eles são definidos de acordo com o perfil do cliente em outros meios de pagamento, como o cartão de crédito e TED.

Ainda assim, é possível alterar seus limites entrando em contato com o banco ou operadora. É possível também demarcar limites para o período noturno ou diurno, além de definir redes de internet seguras para realizar transferências de maior valor.

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Porém, cada caso exige um tempo de resposta diferente dos bancos. Solicitações de diminuição do limite Pix costumam acontecer imediatamente, enquanto aumentos podem levar até 24 horas.