O dólar hoje fechou o pregão sendo negociado a R$ 5,5817, uma queda de 0,15%. Em dia morno nos mercados, os investidores aguardam eventos políticos e econômicos nesta semana tanto no Brasil quanto no exterior. O resultado reverteu a tendência de alta pela manhã: a moeda americana abriu a sessão em alta de 0,34%, cotado a R$ 5,6092.
Leia também
A cotação do dólar intensificou o avanço frente a outras moedas durante o dia, com o mercado fortalecendo as apostas de que o Federal Reserve deve iniciar um ciclo de flexibilização monetária na próxima semana, com um corte de 25 pontos-base na taxa de juros. O BBH (Brown Brothers Harriman) prevê espaço para um fortalecimento ainda maior da moeda americana, pois considera que o mercado está exagerando nas expectativas de cortes futuros.
No cenário doméstico, os especialistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) no Boletim Focus, divulgado na manhã de hoje, elevaram a previsão da taxa de juros para o fim de 2024 em 0,75 ponto percentual, passando de 10,50% para 11,25% ao ano. Essa é a primeira alta na projeção da Selic após onze semanas de estabilidade, refletindo discursos mais rígidos de diretores do BC, como Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Lula para presidir a instituição.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
O mercado agora aposta que o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentará a taxa em 0,25 p.p. na reunião de 18 de setembro, com a probabilidade para esse cenário subindo de 42% para 75% no mercado de opções. Além de 2024, a expectativa para a taxa de juros em 2025 também subiu de 10% para 10,25%.
O Focus apontou também uma alta na projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024, que subiu de 4,26% para 4,30%, marcando a oitava semana consecutiva de aumentos. Para 2025, a estimativa permaneceu em 3,92%, e para 2026, estável em 3,60%. A expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2024 também subiu, de 2,46% para 2,68%, sendo o quarto ajuste seguido, enquanto para 2025 a previsão foi de 1,85% para 1,90%.
Até agora, o dólar acumula queda de 1,05% no mês e alta de 0,29% no ano.