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Como comprar um imóvel com o Minha Casa, Minha Vida?

O programa foi implementado pelo Governo Federal, em 2009, com o propósito de facilitar o acesso à moradia

Como comprar um imóvel com o Minha Casa, Minha Vida?
Como comprar um imóvel com o Minha Casa, Minha Vida? Foto: Adobe Stock

A aquisição de um imóvel próprio tem se tornado um desafio cada vez maior para os brasileiros. Um levantamento recente do Quinto Andar, divulgado em abril, revelou que o preço dos imóveis à venda subiu em importantes capitais do país. Contudo, existe uma alternativa para driblar esse obstáculo: o programa habitacional do governo federal, o Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que possibilita a compra de imóveis sem a necessidade de entrada.

Em Belo Horizonte, o aumento foi de 6,67% no primeiro trimestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2023, com o metro quadrado chegando a R$ 4,8 mil. No Rio de Janeiro e em São Paulo, os valores tiveram alta de 12,53% e 3,73%, respectivamente, alcançando R$ 5,4 mil e R$ 7,1 mil o metro quadrado.

Essa valorização imobiliária dificulta o sonho da casa própria, principalmente porque a maioria das opções de financiamento imobiliário exige uma entrada de 20% a 30% do valor total do imóvel. Ou seja, para adquirir uma propriedade de R$ 300 mil, o comprador precisaria desembolsar entre R$ 60 mil e R$ 90 mil à vista, o que se torna uma barreira significativa para a maioria dos brasileiros.

Como comprar imóvel pelo Minha Casa, Minha Vida?

Nesta reportagem, mostramos que o Minha Casa, Minha Vida foi desenvolvido para facilitar o acesso à moradia para famílias ou pessoas de baixa renda, oferecendo a possibilidade de financiar até 100% do valor do imóvel, tanto em áreas urbanas quanto rurais.

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Para isso, basta procurar por imóveis que aceitam o programa. A maioria deles destaca em seus materiais de divulgação que fazem parte do Minha Casa, Minha Vida, o que facilita essa pesquisa. Após encontrar o imóvel ideal, basta falar diretamente com o corretor imobiliário do local, que direcionará todos os próximos passos.

Vale citar que, para residências localizadas em regiões urbanas, o programa é destinado a famílias com renda mensal bruta de até R$ 8 mil. Já para quem vive em áreas rurais, a renda anual bruta da família deve ser de até R$ 96 mil, o equivalente a uma renda mensal de R$ 8 mil.

“Acredito que esse programa seja a verdadeira democratização do acesso a imóveis para pessoas de classes mais baixas”, explica Fernanda Rodrigues Ribeiro, executiva de investimentos imobiliários da Midrah. Ela ressalta, entretanto, que o financiamento pelo MCMV pode ter um prazo longo e um custo elevado. “O contra sempre vai ser o prazo e talvez o custo desde financiamento, que tende a ser caro e longo.”

A educadora financeira Carol Stange também destaca os pontos positivos e negativos do programa. “O MCMV permite que pessoas com menor capital inicial realizem o sonho da casa própria, mas sem entrada, o valor do financiamento aumenta, elevando o saldo devedor e os juros pagos”, explica.

Sendo assim, o Minha Casa, Minha Vida se apresenta como uma alternativa viável para muitas pessoas alcançarem o sonho da casa própria, especialmente em um cenário de alta nos preços dos imóveis. No entanto, é fundamental analisar todos os aspectos do financiamento, como o valor das parcelas, os juros envolvidos e o impacto financeiro a longo prazo, para tomar uma decisão consciente.

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Colaborou: Gabrielly Bento.