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- Alterações no teto de preço dos imóveis do programa, bem como redução de juros, devem beneficiar as construtoras com foco no público de baixa renda
- Aumento do teto tem efeito especialmente sobre empresas que atuam na maior faixa de rendimento do programa; juros devem impactar aquela das faixas mais baixas
As alterações anunciadas no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) na última terça-feira (20) podem beneficiar empresas do segmento de construção para baixa renda listadas na B3. Entre as mudanças, promovidas pelo Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (CCFGTS), destacam-se o aumento do limite do subsídio para as faixas 1 e 2 do programa e o aumento do teto de preços dos imóveis.
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O conselho determinou que o valor subsidiado para imóveis nas duas primeiras faixas do programa (pessoas com renda até R$ 4,4 mil) passe de R$ 47,5 mil para R$ 55 mil. Além disso, o teto do preço do imóvel para a última faixa de renda (de R$ 4.4001 a R$ 8 mil) agora vai para R$ 350 mil. Antes, o limite era de R$ 264 mil.
De acordo com analistas, as mudanças tendem a beneficiar as empresas como MRV (MRV3), Plano e Plano (PLPL3), Cury (CURY3), RNI (RDNI3) e Direcional (DIRR3), com maior atuação no segmento de baixa renda.
“As atualizações que saíram beneficiaram bastante as empresas de baixa renda focadas nesse segmento. Estou falando de MRV, a própria Direcional, visto que essas empresas tem perto de 80% a 90% da sua operação enquadrada dentro do Minha Casa, Minha Vida”, afirma Gustavo Gomes, especialista de renda variável e sócio da Acqua Vero.
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Um dos principais pontos destacados é o aumento do teto dos imóveis, que deve ter um efeito positivo nas margens de lucro nas empresas. A XP avalia que a alteração leva a “um potencial aumento no poder de precificação e mercado alcançável dentro do programa”.
“O aumento do teto vai ajudar todo mundo, mas em especial as empresas que trabalham no teto do programa”, aponta Ygor Altero, head de Real Estate da XP.
Segundo especialista ouvidos, Cury (CURY3), RNI (RDNI3) e Direcional (DIRR3) devem se beneficiar especialmente da medida, por ter presença maior na faixa 3 do MCMV.
Outra alteração promovida foi a redução da taxa de juros do financiamento para beneficiários com renda familiar até R$ 2 mil — cada grupo regional teve uma queda de 0,25% nos juros de financiamento. Essa mudança tende a beneficiar mais as empresas com foco nas faixas menores do programa.
“Quando a gente joga esse valor a longo prazo, em juros compostos, é bem representativo. Isso vai beneficiar bastante essas empresas, visto que esse financiamento vai ficar mais barato e o subsídio vai ser um pouco maior”, diz Gomes.
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