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- O Ibovespa hoje terminou o pregão em baixa de 0,90%, aos 133.747,69 pontos, na mínima da sessão, depois de abrir a 134.960,19 pontos e atingir máxima a 135.203,31 pontos
- As três ações que mais valorizaram no dia foram Braskem (BRKM5), Usiminas (USIM5) e São Martinho (SMTO3)
- As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Azul (AZUL4), CSN Mineração (CMIN3) e Marfrig (MRFG3)
O Ibovespa hoje sentiu o peso da queda da Petrobras (PETR3;PETR4) e encerrou o dia no menor nível de fechamento desde 14 de agosto. Nesta quarta-feira (18), a principal referência da da B3 terminou o pregão em baixa de 0,90%, aos 133.747,69 pontos, na mínima da sessão, depois de abrir a 134.960,19 pontos e atingir máxima a
135.203,31 pontos, com volume negociado de R$ 37,6 bilhões. Com o desempenho, o índice passou a acumular queda de 0,33% no ano.
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A Super-Quarta foi marcada pela decisão monetária do Federal Reserve (Fed), que decidiu reduzir as taxas de juros americanas em 50 pontos-base, para a faixa entre 4,75% e 5,00% ao ano. A autoridade apontou em comunicado que seus dirigentes têm registrado “maior confiança de que a inflação está se movendo de forma sustentável em direção a 2%, e julga que os riscos de atingir seus objetivos para emprego e inflação estão aproximadamente equilibrados”.
Na opinião de Marcos Moreira, sócio da WMS Capital, o mercado estava bem dividido nas últimas semanas entre a magnitude do corte, que poderia ser de 25 pontos-base ou de 50 pontos-base. “Acho que para tentar minimizar o possível impacto de um mercado de trabalho ainda mais apertado, o Fed abriu espaço de fato para esse corte de 50 pontos-base”, afirma.
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Após o comunicado da autoridade monetária, as Bolsas de Nova York até conseguiram exibir ganhos durante a sessão, mas o movimento foi revertido depois de falas do presidente do Fed, Jerome Powell, em entrevista coletiva. O dirigente disse que a decisão não indica que o órgão tem pressa para cortar juros, já que não viu sinais de que a economia estava em grandes dificuldades e que a inflação poderia ser levada à meta de 2% sem grandes perdas de empregos. Com isso, Dow Jones cedeu 0,25%, enquanto S&P 500 e Nasdaq registraram perdas de 0,29% e 0,31%, respectivamente.
Aqui no Brasil, os ativos locais também registraram uma sessão negativa, contaminados pelo clima externo e pela expectativa pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), conhecida apenas após o término dos negócios. Outro fator que pesou para o desempenho do Ibovespa foi a queda das ações da Petrobras (PETR3;PETR4), diante dos ruídos de que a empresa avalia cortar os preços dos combustíveis em breve para alinhá-los aos preços internacionais, atualmente mais baixos.
Em comunicado divulgado ao final da tarde, a estatal negou a informação e sinalizou que eventuais ajustes nos preços de seus produtos são realizados no curso normal de seus negócios, sem periodicidade definida. Além disso, a companhia destacou que, quando há decisão por alteração, a tabela de preços é divulgada imediatamente aos seus clientes nos canais corporativos. Mesmo com o posicionamento, os papéis ordinários da empresa (PETR3) cederam 1,73%, enquanto os preferenciais (PETR4) caíram 2,40%, também penalizados pelo recuo dos contratos futuros de petróleo no exterior.
Já as ações da Vale (VALE3), de maior peso para o Ibovespa, foram pressionadas pelo desempenho do minério de ferro e fecharam em baixa de 1,17%. A commodity terminou a sessão em queda de 4,12% em Dalian, na volta do feriado de dois dias na China, enquanto caiu ao menor valor do ano em Cingapura, a US$ 90,80, após recuar 1,53%.
As maiores altas do Ibovespa hoje
As três ações que mais valorizaram no dia foram Braskem (BRKM5), Usiminas (USIM5) e São Martinho (SMTO3).
Braskem (BRKM5): 4,76%, R$ 19,79
As ações da Braskem (BRKM5) registraram a principal alta do Ibovespa na sessão, finalizando o dia em valorização de 4,76% a R$ 19,79. O movimento ocorreu após o UBS BB elevar a recomendação da petroquímica para compra e reajustar o preço-alvo dos seus ativos de R$ 22 para R$ 28.
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A BRKM5 está em alta de 9,7% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 9,47%.
Usiminas (USIM5): 2,79%, R$ 6,26
As ações da Usiminas (USIM5) foram outro destaque positivo do pregão, encerrando em alta de 2,79% a R$ 6,26. Além de considerar que a empresa sofreu uma desvalorização expressiva no acumulado de 2024, Hugo Queiroz, sócio da L4 Capital, afirmou ao Broadcast que a economia americana ainda forte favorece as exportações e beneficia a companhia.
A USIM5 está em alta de 0,48% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 30,29%.
São Martinho (SMTO3): 2,57%, R$ 26,75
Quem também se saiu bem no dia foi a São Martinho (SMTO3), que subiu 2,57% a R$ 26,75. No entanto, nenhuma notícia específica sobre a empresa esteve no radar dos investidores na sessão.
A SMTO3 está em baixa de 3,5% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 6,27%.
As maiores quedas do Ibovespa hoje
As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Azul (AZUL4), CSN Mineração (CMIN3) e Marfrig (MRFG3).
Azul (AZUL4): -10,08%, R$ 5,62
As ações da Azul (AZUL4) sofreram a pior queda do Ibovespa hoje, encerrando em baixa de 10,08% a R$ 5,62. O movimento foi de realização de lucros, após os papéis terem registrado uma valorização de 54,2% entre os pregões de 12 e 17 de setembro, enquanto investidores seguem acompanhando as negociações da empresa com seus credores.
A AZUL4 está em alta de 4,27% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 64,9%.
CSN Mineração (CMIN3): -8,26%, R$ 6,33
Outro destaque negativo da sessão foi a CSN Mineração (CMIN3), que cedeu 8,26% a R$ 6,33, estendendo as perdas da véspera, quando liderou as baixas do Ibovespa, ao recuar 2,82%. O desempenho negativo ocorreu depois do contrato mais negociado do minério de ferro no mercado futuro da Dalian Commodity Exchange, para janeiro de 2025, fechar em queda de 4,12%.
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A CMIN3 está em alta de 11,44% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 15,49%.
Marfrig (MRFG3): -5,44%, R$ 13,9
Quem também se saiu mal no Ibovespa hoje foi a Marfrig (MRFG3), que caiu 5,44% a R$ 13,9, pressionada pela desvalorização do dólar na sexta sessão consecutiva.
A MRFG3 está em baixa de 4,53% no mês. No ano, acumula uma valorização de 43,3%.
*Com Estadão Conteúdo