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BTG está otimista com dividendos da Itaúsa (ITSA4); entenda o motivo

Proventos mais altos do Itaú (ITUB4), devido ao forte nível de capital, devem beneficiar acionistas da holding

BTG está otimista com dividendos da Itaúsa (ITSA4); entenda o motivo
Veja o que o BTG Pactual espera para os dividendos da Itaúsa (ITSA4). Foto: Adobe Stock

O BTG Pactual realizou recentemente uma reunião com investidores locais e representantes da Itaúsa (ITSA4). Durante o encontro, o banco pôde obter atualizações sobre a diversificação de portfólio da empresa e as expectativas com a reforma tributária, além da possibilidade de aumento do pagamento de dividendos.

A casa considera que há potencial para o Itaú (ITUB4) pagar proventos mais elevados no futuro, dado o seu forte nível de capital. Dessa forma, os valores poderiam ser totalmente repassados ​​aos acionistas da Itaúsa, assumindo que a empresa mantenha sua atual política de distribuição de 100% do que recebe do Itaú. “Isso potencialmente aumentaria o atual rendimento de dividendos de 8,6% da holding no primeiro semestre de 2024 para níveis ainda mais elevados”, afirma o BTG.

Na reunião com o banco, a equipe de gestão da companhia destacou seus esforços para aumentar a transparência sobre seus investimentos, especialmente em empresas privadas. O entendimento é de que essa transparência ajudaria o mercado a entender melhor o desconto atual do papel.

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Outra questão discutida foi o “desconto de holding”, que ocorre porque esse tipo de empresa tem custos operacionais para manter a sua estrutura, os quais são sempre deduzidos do valor final do conglomerado. Então, muitas vezes, ao comparar a soma do valor de mercado das companhias presentes no portfólio com o valor da holding ocorre a dedução desses custos.

No caso da Itaúsa, o desconto atual é de 21%. A CFO (diretora financeira) da empresa, Priscila Grecco, observa que há uma ineficiência tributária relacionada às contribuições do PIS/Cofins sobre os rendimentos recebidos do Itaú, o que impacta esse desconto. Ela também acredita que o desconto justo deveria ser de 7 a 8%, refletindo apenas essa ineficiência mais os custos gerais e administrativos para manter as operações da holding.

Em tese, se a reforma tributária for aprovada tal como está redigida, essa ineficiência tributária termina imediatamente em 2027. Com isso, a CFO acredita que o “desconto de holding” poderá diminuir à medida que o mercado comece a perceber os benefícios da reforma fiscal. “Deixamos a reunião mais confiante de que o desconto de participação, atualmente em 21%, tem chances de diminuir nos próximos meses”, destaca o BTG.

Durante a reunião, a CFO também compartilhou insights sobre investimentos e desenvolvimentos recentes, enfatizando que o portfólio da Itaúsa está estrategicamente posicionado nos principais setores da Bolsa após recentes esforços de diversificação, com o Itaú permanecendo como seu principal investimento ao lado da Dexco (DXCO3).

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Depois do desinvestimento total na XP em 2023, o portfólio atual da holding também inclui Alpargatas (ALPA4), Copa, Aegea, NTS e CCR (CCRO3), com foco especial no setor de infraestrutura. Embora esteja confortável ​​com a carteira atual e não espere novos investimentos no curto prazo – especialmente devido ao ambiente macroeconômico e à maior taxas de juros – a CFO destacou que a equipe de M&A (fusões e aquisições) está constantemente em busca de novas oportunidades.

Grecco ressaltou que, para a Aegea, em que até o momento a equipe está muito satisfeita, poderia fazer sentido fazer um investimento adicional. Contudo, por enquanto, o foco está em extrair o máximo valor do portfólio existente.

Em resumo, apesar de não cobrir “oficialmente” a ação da Itaúsa, o BTG acredita que ela é negociada a um preço excessivamente descontado. Com uma capitalização de mercado de R$ 115 bilhões e uma participação no Itaú valendo R$ 134 bilhões, isso implica em uma diferença de R$ 19 bilhões para o restante da carteira, o que parece injusto, na visão do banco, dada a qualidade e relevância do portfólio da holding.

Último dia para ter direito aos JCP de R$ 500 milhões da Itaúsa

Os investidores que quiserem adquirir uma fatia dos R$ 500 milhões em juros sobre capital próprio (JCP) da Itaúsa devem ter posição acionária na empresa até esta quinta-feira (19), última data que garante direito aos proventos.

A empresa anunciou a distribuição dos valores nesta semana. Os R$ 500 milhões correspondem ao montante líquido de R$ 425 milhões (R$ 0,04114 por ação), considerando a retenção de 15% de Imposto de Renda (IR) na fonte para pessoas físicas. Os valores serão pagos pela Itaúsa até 30 de abril de 2025.

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