A agenda da semana traz o relatório de empregos dos Estados Unidos, o payroll, além de diversos índices de atividade medidos pelo Índice de Gerentes de Compras (PMI) dos países. O mercado financeiro hoje acompanha as falas dos presidentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e Banco Central Europeu (BCE), Jerome Powell e Christine Lagarde, em eventos, enquanto investidores brasileiros ficam de olho no boletim Focus e dados do setor público consolidado de agosto.
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Ainda na agenda hoje, o governo deve publicar decreto com a nova programação orçamentária, de acordo com o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do 4º Bimestre. O ministro da fazenda, Fernando Haddad, concede entrevista à rádio CBN, enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cumpre agenda no México, onde vai acompanhar a posse da presidente eleita do país, Cláudia Sheinbaum, na terça-feira (1º).
Nos próximos dias, são esperados os resultados da produção industrial de agosto e do Índice de Preços ao Consumidor do município de São Paulo, calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) de setembro na quarta-feira (2); além dos números do Governo Central de agosto, na quinta-feira (3), e da balança comercial de setembro, na sexta-feira (4).
- Calendário econômico da semana: balança comercial e Powell no radar
Já no exterior, a prévia de setembro da inflação ao consumidor da Alemanha está programada para esta segunda-feira (30) e a da zona do euro para terça-feira (1º), quando saem também os PMIs industriais europeus e americanos. Os relatórios de empregos Jolts e ADP, que saem na terça e na quarta-feira, respectivamente, serão analisados sob expectativas pelo payroll dos EUA, na sexta-feira (4).
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Nesta terça-feira, os candidatos à vice-presidência dos EUA, Tim Walz e JD Vance participam de debate na CBS News. Feriados fecham os mercados financeiros na China, Hong Kong e Coreia do Sul na nesta terça-feira.
Confira os 3 pontos que direcionam o mercado financeiro hoje
Bolsas internacionais
A bolsa chinesa de Shanghai avançou 8,06% nesta segunda-feira, em seu maior ganho diário em 16 anos, reagindo a novos estímulos ao setor imobiliário anunciados pelo banco central chinês (PBoC). O rali chinês, que se ampliou por nove pregões, antecede um feriado que manterá os mercados locais fechados nesta semana.
Os dados de atividade manufatureira da China apontaram leituras abaixo de 50, indicando contração persistentes no setor. Já o índice Nikkei tombou 4,8% em Tóquio hoje e o iene cede ante o dólar, diante de preocupações de que Shigeru Ishiba, que deve assumir como primeiro-ministro do Japão nesta semana, adote políticas desfavoráveis ao mercado financeiro, como possíveis aumentos de impostos.
Em Nova York, os índices futuros de ações adotam viés de baixa, assim como o dólar. Os juros dos Treasuries (títulos de dívida estadunidense) sobem. As bolsas europeias também recuam puxadas por montadoras.
O conflito no Oriente Médio segue no radar. No domingo (29), Israel deu sequência a uma série de ataques contra integrantes do Hezbollah, no Líbano, e estendeu a ofensiva também ao grupo Houthi, no Iêmen. O presidente dos EUA, Joe Biden, disse que vai pedir ao primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu para que uma guerra total no Oriente Médio seja evitada.
Commodities
O avanço de 10,71% do minério de ferro em Dalian nesta segunda-feira, na esteira dos estímulos chineses, ajuda a impulsionar os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3), que subiam 2,29% no pré-mercado em Nova York por volta das 7 horas.
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Também os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) subiam 0,69% no mesmo horário, na contramão da queda do petróleo esta manhã. A commodity recua cerca de 0,30%.
Mercado brasileiro
O avanço do minério pode aliviar os ajustes iniciais do Ibovespa em meio ao tom negativo em Nova York. Os mercados locais devem repercutir a adoção em outubro da bandeira tarifária vermelha patamar 2.
Os investidores acompanham também a divulgação da nota do setor público consolidado. A mediana do mercado indica déficit primário de R$ 21,0 bilhões em agosto, após saldo negativo de R$ 21,348 bilhões em julho. Os resultados podem conduzir revisões em projeções sobre o cumprimento das metas fiscais e do aumento do endividamento público, ponto de atenção das agências de classificação de risco.
No câmbio, o fechamento nesta segunda-feira da taxa referencial Ptax (taxa de referência para as operações de câmbio) de setembro e do terceiro trimestre pode trazer alguma volatilidade aos negócios no mercado financeiro hoje.
* Com informações do Broadcast
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