A Moody’s elevou o rating (avaliação que mostra o risco de crédito de uma empresa) da Ambev (ABEV3) de “Baa3” para “Baa2”, com perspectiva positiva. A mudança ocorre após a agência aumentar o rating do Brasil.
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A nota, segundo a agência, é sustentada por sua escala como uma das maiores cervejarias do mundo, pela presença em 18 países, posições de liderança na maioria de seus mercados operacionais, incluindo Brasil e Canadá, e ampla carteira de marcas de bebidas alcoólicas e não alcoólicas.
O relatório afirma que a empresa se beneficia de sua diversificação geográfica e reconhecimento da marca, enquanto sua escala se traduz em maior poder de barganha com os fornecedores.
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“A posição dominante da empresa no mercado brasileiro, fortes capacidades de execução e controle rigoroso de custos permitem que ela suporte a volatilidade do mercado e ainda mantenha uma rentabilidade excepcionalmente forte e métricas de crédito”, diz a Moody’s, que destaca ainda a limitada dependência da Ambev do sistema bancário local para financiamento, sua geração de uma parte significativa de ativos e caixa fora do Brasil, e sua importância para o acionista controlador Anheuser-Busch InBev. Esses fatores ajudam a compensar o efeito negativo das ligações da empresa com a economia brasileira.
Segundo a Moody’s, a nota da Ambev é limitada pela volatilidade nos custos dos insumos ligados a commodities e sua dependência de estratégias de hedge eficazes para tornar seus custos mais previsíveis. Além disso, há uma probabilidade de continuidade nos altos pagamentos de dividendos para seu controlador.
Já a perspectiva positiva para a nota da Ambev incorpora a possibilidade de um upgrade caso a classificação soberana do Brasil seja novamente elevada. Além disso, a perspectiva reflete as métricas de crédito excepcionalmente fortes.