Publicidade

Radar da Imprensa

Revolução econômica? Economista do MIT abre o jogo sobre impacto da IA nos empregos

Daron Acemoglu questiona o impacto real da tecnologia no futuro

Revolução econômica? Economista do MIT abre o jogo sobre impacto da IA nos empregos
Economista do MIT abre o jogo sobre impacto da IA nos empregos. Foto: Adobe Stock

A Inteligência Artificial (IA), frequentemente é anunciada como a chave para uma nova era de avanços econômicos e automação, mas Daron Acemoglu, renomado economista e professor do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) não está convencido disso.

De acordo com uma matéria da Bloomberg, ele acredita que a revolução econômica prometida pela tecnologia pode estar longe de se concretizar e que, apesar de seu potencial, apenas uma pequena fração de 5% dos empregos será impactada pela IA na próxima década.

Para o professor, isso pode ser uma boa notícia para os trabalhadores, mas uma grande decepção para as empresas que estão investindo bilhões na área. “Muito dinheiro vai ser desperdiçado”, afirma Acemoglu.

Publicidade

Invista com o apoio de conteúdos exclusivos e diários. Cadastre-se na Ágora Investimentos

O coautor do best-seller “Why Nations Fail” (“Porque as nações Fracassam”, em tradução livre), aponta que o hype desenfreado em torno da IA está impulsionando as ações de grandes empresas de tecnologia e criando uma corrida por investimentos.

Gigantes como Microsoft (MSFT34), Alphabet (GOGL34), Amazon (AMZO34) e Meta (M1TA34) investiram mais de US$ 50 bilhões em IA apenas no segundo trimestre de 2024.

O que Daron Acemoglu prevê para o futuro?

Acemoglu prevê que esse cenário pode desmoronar de três maneiras. No melhor dos casos, o entusiasmo com a IA diminuiria gradualmente, com empresas investindo em usos mais modestos da tecnologia.

Em uma segunda possibilidade, a bolha de tecnologia pode estourar em breve, gerando uma queda de ações e um desinteresse pela IA.

Já no pior dos cenários, a corrida desenfreada pela IA pode durar anos. E empresas podem demitir trabalhadores na expectativa de uma automação em larga escala que, ao fim, pode não se concretizar.

Mas, afinal, qual o cenário mais provável?

Na visão do professor do MIT, a combinação do segundo e terceiro cenários é a mais provável de ocorrer. “Quando o hype se intensifica, é improvável que a queda seja suave”, afirma ele.

Publicidade

Embora a inteligência artificial (IA) tenha o potencial de transformar algumas áreas, Daron Acemoglu acredita que os impactos sobre o mercado de trabalho e a economia serão muito mais limitados do que muitos preveem. Sugerindo que a tão falada “revolução econômica” pode não passar de um sonho distante para a maioria das empresas e investidores.

Colaborou: Renata Duque.