- O Ibovespa hoje fechou em alta de 0,17% aos 132.017,84 pontos, depois de flutuar entre mínima de 131.676,47 pontos, à tarde, e máxima de 132.942,57 pontos
- As três ações que mais valorizaram no dia foram Natura (NTCO3), Brava Energia (BRAV3) e Hypera (HYPE3)
- As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Carrefour (CRFB3), Assaí (ASAI3) e Petz (PETZ3)
O Ibovespa hoje escapou das perdas sofridas pelas Bolsas de Nova York e encerrou o dia em alta, ainda que leve. Nesta segunda-feira (7), o índice terminou em valorização de 0,17% aos 132.017,84 pontos, depois de flutuar entre mínima de 131.676,47 pontos, à tarde, e máxima de 132.942,57 pontos, com abertura aos 131.792,29 pontos. O giro permaneceu enfraquecido como na sessão anterior, a R$ 17,9 bilhões.
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O dia foi marcado pelo aumento das tensões no Oriente Médio, após foguetes do grupo Hezbollah atingirem a terceira maior cidade de Israel, Haifa, na madrugada desta segunda-feira. Com o cenário de preocupação, o VIX (Volatility Index, em inglês) – mais conhecido como o “índice do medo” de Wall Street – disparou 17,86% e fechou a sessão aos 22,64 pontos, o nível mais alto observado desde 8 de agosto, então a 23,79 pontos.
O clima de cautela contaminou os principais índices acionários americanos, que encerraram o dia no campo negativo. Dow Jones cedeu 0,94%, enquanto Nasdaq e S&P 500 tiveram perdas de 1,18% e 0,96%, respectivamente. Ao longo da semana, está previsto o início da temporada de balanço trimestrais, além de novos dados da inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. Já os discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed) devem direcionar as expectativas para o futuro da política monetária americana depois de o payroll (relatório oficial de emprego) ter reduzido as chances de um novo corte de 0,50 ponto porcentual da taxa básica de juros.
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No mercado doméstico de câmbio, o dólar fechou em alta de 0,56% cotado a R$ 5,4859, após variar entre máxima a R$ 5,4925 e mínima a R$ 5,4210. A tensão no Oriente Médio propiciou uma demanda por ativos mais seguros e a divisa americana ganhou força entre as principais moedas emergentes e de exportadores de commodities.
Na Bolsa brasileira, os papéis ordinários da Petrobras (PETR3) avançaram 1,69%, enquanto os preferenciais (PETR4) registraram valorização de 1,40%, acompanhando mais uma sessão de alta do petróleo no exterior. A sessão também foi positiva para a Vale (VALE3), papel de maior peso para o Ibovespa, que subiu 0,88%, depois de o minério de ferro encerrar em alta de 2,90% na Bolsa de Cingapura, cotado a US$ 111,75 por tonelada, o maior valor nos últimos dois meses.
Investidores ainda reagiram à última edição do Boletim Focus. A mediana para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024 oscilou de 4,37% para 4,38%. Um mês antes, estava em 4,30%. Já a projeção para a Selic ao fim deste ano seguiu em 11,75%, consolidando a expectativa do mercado para o atual ciclo de aperto monetário, com duas altas de 50 pontos-base nos juros nas próximas reuniões do colegiado, em novembro e dezembro.
No decorrer da semana, o destaque da agenda doméstica fica com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro, que deve ser divulgado na quarta-feira (9). Analistas consultados pelo Projeções Broadcast esperam que o indicador registre alta de 0,45% no mês, pressionado pelo grupo de Alimentação e bebidas, que deve voltar ao terreno positivo.
As maiores altas do Ibovespa hoje
As três ações que mais valorizaram no dia foram Natura (NTCO3), Brava Energia (BRAV3) e Hypera (HYPE3).
Natura (NTCO3): 2,63%, R$ 15,23
As ações da Natura (NTCO3) lideraram os ganhos do Ibovespa nesta segunda-feira e terminaram a sessão em alta de 2,63% a R$ 15,23. Nenhuma notícia específica sobre a empresa, no entanto, esteve no radar dos investidores.
A NTCO3 está em alta de 8,4% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 6,1%.
Brava Energia (BRAV3): 2,39%, R$ 18,39
Os papéis da Brava Energia (BRAV3) também se saíram bem na sessão e encerraram o pregão em alta de 2,39% a R$ 18,39. Os ativos foram beneficiados pela valorização dos contratos futuros de petróleo, que subiram mais de 3% em meio à escalada das tensões no Oriente Médio.
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A BRAV3 sobe 4,31% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 29,19%.
Hypera (HYPE3): 2,05%, R$ 27,35
Os papéis da Hypera (HYPE3) estiveram entre os destaques positivos, finalizando a sessão em alta de 2,05% a R$ 27,35. Nenhuma gatilho específico, porém, conduziu o movimento dos ativos.
A HYPE3 ganha 4,27% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 21,52%.
As maiores quedas do Ibovespa hoje
As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Carrefour (CRFB3), Assaí (ASAI3) e Petz (PETZ3).
Carrefour (CRFB3): -5,27%, R$ 7,91
As ações do Carrefour (CRFB3) registram a principal queda do Ibovespa hoje, encerrando o dia em baixa de 5,27% a R$ 7,91. Os ativos mais sensíveis ao ciclo da economia, de forma geral, sofreram no pregão, mesmo com a queda dos juros futuros.
A CRFB3 está em baixa de 14,49% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 36,47%.
Assaí (ASAI3): -2,87%, R$ 6,77
Quem também se saiu mal foi o Assaí (ASAI3), que cedeu 2,87% a R$ 6,77. Na última semana, os papéis da empresa afundaram mais de 14%, após a Receita Federal arrolar R$ 1,26 bilhão em bens da empresa por contingências tributárias relacionadas ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3).
A ASAI3 cede 9,37% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 49,96%.
Petz (PETZ3): -2,63%, R$ 4,81
Entre os destaques negativos do Ibovespa hoje, figuraram também as ações da Petz (PETZ3), que fecharam a sessão em baixa de 2,63% a R$ 4,81. Em relatório, XP Investimentos disse esperar que a empresa informe resultados ainda pouco satisfatórios no terceiro trimestre de 2024, embora com tendência de melhora na receita.
A PETZ3 recua 1,91% no mês. No ano, acumula uma valorização de 21,77%.
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*Com Estadão Conteúdo