Os analistas do Goldman Sachs mantiveram recomendação de compra para as ações da Equatorial (EQTL3) após se reunirem com a administração da empresa no Investor Day da companhia em São Luiz, no Maranhão. Os analistas comentam que a companhia falou sobre a renovação das concessões de distribuição de energia do Pará (Celpa) e do Maranhão (Cemar). A conversa também se situou sobre a Sabesp, saneamento no Amapá e a alocação de capital da empresa.
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Sobre a concessão da distribuição de energia do Pará (Celpa), que vence em 2028, e do Maranhão (Cemar), com prazo de contrato em 2030, a companhia disse que os documentos estão em conformidade com os termos de renovação propostos em consulta pública. Ou seja, os analistas apontam que a renovação está bem encaminhada.
Em relação à Sabesp (SBSP3), empresa em que o acionista referência é a Equatorial, os analistas comentam que a elétrica deve focar na aceleração dos investimentos da companhia paulista, revisão de contratos de terceiros, gestão de novas obrigações contratuais, ajuste de cargos e salários e implementação do novo modelo de governança.
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Ainda na questão do saneamento, os analistas observam que a Equatorial atingiu uma cobertura de 56% da população do Amapá com acesso à água no segundo trimestre de 2024, ante 35% no terceiro trimestre de 2022. Já a cobertura de esgoto no estado do norte do Brasil chegou a 14%, ante 7% estimados para a meta de 2039.
“A empresa também lembrou as sinergias com sua concessão de distribuição de energia, como a arrecadação (cruzando as listas de consumidores de água e energia)”, apontam Bruno Amorim, Guilherme Bosso e Guilherme Costa Martins, que assinam o relatório do Goldman Sachs.
Após Sabesp, Equatorial pode comprar outras empresas?
Sobre futuras aquisições, a companhia elétrica disse que está aberta a novas aquisições no segmento de distribuição de energia e saneamento, mesmo após ter comprado a Sabesp. A companhia já opera serviços de distribuição de energia no Maranhão, Pará, Goiás e Alagoas.
Desse modo, os analistas do Goldman Sachs continuam otimistas em relação às ações da Equatorial. Eles recomendam compra com preço-alvo de R$ 44 para os próximos 12 meses, uma potencial alta de 34,1% na comparação com o fechamento de quarta-feira (16), quando a ação encerrou o pregão a R$ 32,82.
Os analistas, no entanto, citam alguns riscos que a Equatorial (EQTL3) pode enfrentar nesse período. O primeiro seria a exigência do regulador ou do governo federal por uma melhor qualidade do serviço fornecido pelas operadoras de distribuição de energia. Outros pontos, como interferência excessiva do governo federal, abertura do mercado de distribuição e aumento de encargos peitorais para consumidores regulados, podem fazer o ativo sofrer.
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