O dólar hoje perdeu força ao longo do pregão e fechou em leve queda no mercado doméstico de câmbio, após declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Nesta quinta-feira (24), a moeda americana terminou o dia em baixa de 0,53% a R$ 5,6629, depois de oscilar entre máxima a R$ 5,7198 e mínima a R$ 5,6659.
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A tendência de queda também foi observada no exterior. O índice DXY, que mede a divisa ante uma cesta de seis pares fortes, recuou 0,39%, finalizando a sessão aos 104,023 pontos.
A moeda americana abriu o dia em alta em relação ao real, mas passou a cair depois de falas de Haddad e Campos Neto serem bem recebidas pelo mercado. Os dois participaram de uma coletiva de imprensa conjunta do G20 Brasil, em Washington.
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O ministro da Fazenda afirmou que o arcabouço fiscal brasileiro não precisa ser ajustado, mas sim reforçado. “Do meu ponto de vista, não se trata de ser reformulado, se trata de ser reforçado, para garantir aos agentes econômicos, trabalhadores, empresários, cidadãos de uma maneira geral, investidores, que aqueles termos, aqueles parâmetros são críveis dinamicamente, no médio e no longo prazo”, afirmou.
Campos Neto, por sua vez, reforçou que o Banco Central não trabalha apenas com o termômetro do que está precificado pelos agentes financeiros e que os preços de mercado “estão exagerados”. Reforçou ainda que as reuniões da autarquia são baseadas em critérios técnicos e que ela está focada na convergência da inflação à meta.
Dados de inflação no Brasil
Investidores também monitoraram nesta quinta-feira o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial brasileira, que registrou alta de 0,54% em outubro, após ter subido 0,13% em setembro. O resultado ficou acima da mediana das estimativas dos analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que apontava para aumento de 0,51%. O intervalo das projeções ia de alta de 0,40% a avanço de 0,60%.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a maior variação e o maior impacto positivo vieram do grupo Habitação, com 1,72% e 0,26 ponto percentual, respectivamente. Com exceção de Transportes, cujos preços recuaram 0,33%, oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta no mês de outubro.
O dólar sobe 3,96% em outubro. No ano, a moeda acumula valorização de 16,68%.
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*Com informações do Broadcast