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Treasuries fecham em alta com ata do Fed e ameaças de tarifas de Trump em foco

Publicação de indicadores da economia dos EUA também movimentou o mercado na sessão de hoje

Treasuries fecham em alta com ata do Fed e ameaças de tarifas de Trump em foco
Juros e economia (Foto: Adobe Stock)

Os rendimentos longos dos títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano (Treasuries) operaram em alta nesta terça-feira (26), em uma sessão que contou com as ameaças tarifárias pelo presidente eleito Donald Trump e com a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). Apesar do destaque nos noticiários, as duas questões acabaram com impacto limitado no mercado dos Treasuries. A publicação de alguns indicadores da economia americana acabou movendo mais o mercado, que observou ainda leilões durante a tarde.

No fim da tarde em Nova York, a taxa da T-note de 2 anos caía a 4,251%, o da T-note de 10 anos subia a 4,294% e o do T-bond de 30 anos avançava a 4,462%.

Os anúncios de Trump tiveram efeito limitado, diferente de outros mercados, observa o BMO. “A ação nos preços dos Treasuries é consistente com a ideia de que o presidente eleito está agindo de acordo com as expectativas”, analisa o banco canadense, acrescentando que agora investidores devem retomar foco sobre perspectivas macroeconômicas e sobre os próximos passos do Fed.

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Hoje, as vendas de novas moradias tiveram queda de 17,3% em outubro ante setembro, a 610 mil unidades, e o a confiança do consumidor – medida pelo Conference Board – subiu para 111,7 em novembro. Ambos os resultados ficaram aquém das expectativas de analistas consultados pela FactSet. Após os dados, os rendimentos dos Treasuries ganharam força e firmaram alta ao longo da curva.

Muitos dirigentes do Fed avaliaram que a incerteza sobre o nível neutro dos juros torna apropriado que o banco central americano reduza a taxa básica de maneira gradual, segundo a ata referente ao mais recente encontro monetário da instituição. De acordo com o documento, os participantes da reunião destacaram que o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) precisa equilibrar dois riscos contraditórios: o de cortar juros com muita rapidez e, assim, reverter os progressos no combate à inflação; e o de ser lento demais no processo e impor danos desnecessários à economia. Para o BMO, a ata confirmou que direção a taxas mais baixas é conhecida – é o ritmo que é o fator imprevisível.

“Os Treasuries pouco fizeram em resposta à ata, com os rendimentos recuando ligeiramente dos máximos, mas permanecendo em alta na sessão”, aponta.

Já Departamento do Tesouro dos Estados Unidos informou que vendeu US$ 28 bilhões em notas de juro flutuante (FRN, na sigla em inglês) de dois anos, com taxa máxima de desconto de 0,170%. No mesmo horário, um leilão de US$ 70 bilhões em T-notes de 5 anos, teve rendimento máximo de 4,197%. A taxa bid-to-cover, um indicativo da demanda, ficou em 2,43 vezes, acima da média recente calculada pela BMO Capital, de 2,37 vezes.

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