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Mercado financeiro hoje: 4 pontos para entender as bolsas com a disparada do dólar e ressaca do pacote fiscal

Ativos domésticos buscam recuperação após mau humor da véspera. Veja o que esperar do pregão

Mercado financeiro hoje: 4 pontos para entender as bolsas com a disparada do dólar e ressaca do pacote fiscal
Dólar. (Foto: Adobe Stock)

A agenda econômica desta sexta-feira (29) traz como foco as contas públicas do País em meio encontro da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e Gabriel Galípolo, futuro presidente do Banco Central (BC). O mercado financeiro hoje nos EUA operam em meia-sessão em dia de Black Friday – veja aqui os cuidados para não cair em golpes financeiros. Estão programados ainda o Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal, Índia, Canadá e discurso do dirigente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos.

Ainda na agenda econômica hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebe o prefeito reeleito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e o governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos) para a assinatura de financiamentos do Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES) para infraestrutura e mobilidade urbana.

Serão acompanhados também os dados do setor público consolidado, a taxa de desemprego da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua e o relatório da dívida do Tesouro. A Aneel divulga a bandeira tarifária de dezembro.

Confira os 4 assuntos que movimentam o mercado financeiro hoje

Bolsas internacionais

Na volta do feriado de Ação de Graças, os índices futuros de ações em Nova York avançam de olho na dinâmica do varejo em meio à liquidez reduzida antes do fim de semana.

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As bolsas europeias têm viés de baixa em meio a indicadores mistos. As vendas no varejo na Alemanha decepcionaram em outubro, enquanto o crescimento de 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) da França no terceiro trimestre veio acima do segundo trimestre (0,2%) impulsionado pelos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris e alta da inflação ao consumidor (CPI) em novembro na zona do euro ficou abaixo da previsão.

Dólar e juros

Na quinta-feira (28), os mercados ficaram agitados após a divulgação do pacote fiscal de Haddad. Alguns dos reflexos mais visíveis foram o novo recorde do dólar a R$ 6 e os juros futuros chegando a tocar o maior nível desde o governo Dilma. A pressão foi sentida também no Ibovespa, que fechou a sessão ao menor nível desde junho após decepção com pacote fiscal – veja detalhes aqui.

A sexta-feira se inicia em meio a ajustes do dia anterior. O dólar cai e os rendimentos longos dos juros dos Treasuries (títulos da dívida americana) operam nos menores níveis desde outubro com a perspectiva de cortes de juros por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) em dezembro e às necessidades de compra de fim de mês de papéis do Tesouro por algumas instituições.

Commodities

As commodities operam em direções contrárias nesta manhã, com o minério de ferro em alta de 1,14% nos mercados de Dalian, na China, enquanto o petróleo cede 0,42% (WTI) e 0,82% (Brent).

Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3 mostravam perdas de 0,71% no pré-mercado de Nova York, por volta das 8h15 (de Brasília). Já os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) cediam 1,88% no mesmo horário.

Mercado brasileiro

O ambiente positivo em Nova York e a alta do minério podem ajudar a conter o mau humor na B3 com o pacote fiscal. Devem repercutir também os sinais hawkish (adoção de política austera, com taxas de juros mais altas) de política monetária do futuro presidente do Banco Central Gabriel Galípolo com a alta do dólar e dos juros.

O mercado hoje observa com atenção a escolha dos novos diretores do Banco Central (BC). O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que o presidente Lula já definiu os nomes, que serão enviados ao Senado em breve. Costa atribuiu ao BC a responsabilidade pela alta do dólar, que o governo deve explicar as medidas e que o dólar vai baixar. “Estamos em contagem regressiva para ter não um Banco Central que seja com olhar para o Executivo, mas um BC que tenha um olhar para o Brasil”, acrescentou.

O dólar fica ainda sob influência da queda externa da divisa e dos rendimentos dos Treasuries em meio à disputa técnica em torno da última taxa Ptax mensal (referência para as operações de câmbio no mercado financeiro hoje).

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* Com informações do Broadcast