A distribuição de capital da Ambev (ABEV3) a seus acionistas, o que inclui dividendos, juros sobre capital próprio (JCP) e recompra de ações, resultou em um índice de payout (porcentagem de lucro líquido distribuído aos acionistas) de 89%, 9% abaixo da projeção do Itaú BBA. Na última quarta-feira (11), a empresa anunciou o pagamento de R$ 3,85 bilhões em JCP e R$ 6,65 bilhões em dividendos.
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Em relatório, os analistas Gustavo Troyano e Bruno Tomazetto dizem que alguns investidores podem se frustrar, por esperar um valor mais expressivo, mas avaliam bem a decisão da empresa de potencialmente reduzir os intervalos para pagamentos adicionais de dividendos.
Na visão deles, os JCP abaixo do esperado (cerca de 20% menor do que a projeção do BBA) foram parcialmente compensados pelos dividendos mais robustos. Além disso, a decisão de não acelerar a distribuição de capital parece alinhada ao histórico da Ambev, que tradicionalmente prioriza uma alocação de capital conservadora e a manutenção de um balanço sólido. Para os analistas, a alocação de capital da companhia está avançando na direção certa.
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O Itaú BBA tem recomendação marketperform (equivalente a neutro) para as ações da Ambev, com preço-alvo de R$ 15, o que representa um potencial de valorização de 8,7% sobre o fechamento de ontem.