O dólar encerrou as negociações desta segunda-feira (23) com uma valorização de 1,88%, sendo cotado a R$ 6,1851. A apreciação da moeda norte-americana se deve ao pessimismo dos investidores em torno do cenário doméstico e das expectativas de um ritmo mais lento no processo de afrouxamento monetário dos Estados Unidos em 2025. Os dois fatores pressionaram a performance do câmbio ao longo do dia ao passo da divisa americana alcançar a cotação dos R$ 6,20 – a sua máxima no intraday.
Leia também
“Encerramos o ano com uma inflação acima da meta, uma taxa Selic superior às projeções feitas no início do ano e o dólar em patamares históricos. O real encerra 2024 como a sexta moeda que mais se desvalorizou no mundo, refletindo os desafios econômicos enfrentados pelo País”, diz Eurico Ribeiro, gerente comercial da B&T Câmbio. E as expectativas do mercado apontam que esse cenário desafiador deve continuar em 2025. Na manhã de hoje, as projeções do boletim Focus indicam que a Selic deve chegar no patamar dos 15% no fim do seu ciclo de aperto monetário.
Os ganhos do câmbio refletem ainda a cautela dos investidores sobre os próximos passos da política monetária dos EUA no próximo ano. No último dia 18, a maioria dos membros do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) afirmou que enxerga espaço para apenas dois cortes de juros de 0,25 ponto porcentual nas próximas duas reuniões. A expectativa veio aquém das estimativas dos investidores que esperavam ajustes mais significativos ao longo de 2025.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
A repercussão em torno da aprovação de um projeto de lei que evitou a paralisação do governo americano também ajudou a pressionar as negociações do dólar hoje. Vale lembrar que, na sexta-feira (20), o câmbio fechou aos R$ 6,0721 com uma baixa diária de 0,84%. No entanto, ao observar o seu desempenho na semana e durante o mês de dezembro, a moeda americana subiu 0,68% e 1,18%, respectivamente.
Com informações do Broadcast