

O dólar hoje fechou a sessão desta sexta-feira (14) com queda de 0,98%, a R$ 5,7433. É o menor patamar de fechamento desde o dia 05 de março, na volta do feriado de carnaval, quando a moeda americana valia R$ 5,73. Depois de um salto acima de 1% na segunda-feira (10), o mercado de câmbio teve quatro sessões seguidas de desvalorização até encerrar a semana em baixa acumulada de 0,86%.
Lá fora, há uma tendência de dólar fraco. A desaceleração da inflação nos Estados Unidos em fevereiro, divulgada esta semana, dá forças a apostas em cortes de juros no país, o que aumenta o apetite a risco de investidores globais. “Cai por aqui como está caindo no exterior, contra as emergentes, devido ao aumento dos preços das commodities. Repercutem por aqui também os estímulos internos que serão dados à economia chinesa, o que tem feito com que os preços das commodities aumentem”, diz Elson Gusmão, diretor de câmbio da Ourominas. O preço do minério de ferro subiu 2,32% em Dalian, na China, enquanto o petróleo tem alta em meio às dúvidas sobre a possibilidade de cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia.
Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, acrescenta: “A valorização do real nas últimas duas sessões decorre de uma perspectiva mais favorável para a balança comercial brasileira, impulsionada pelo cenário global incerto em relação a tarifas e pela entrada consistente de capital estrangeiro que vem buscando alternativas em mercados emergentes. O alto volume negociado no mercado hoje reforça a visão positiva para a moeda brasileira.”
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No Brasil, investidores do dólar acompanham o impacto fiscal da medida que zera a alíquota do imposto de importação de 11 alimentos, que entra em vigor nesta sexta-feira. Também está no radar a discussão do Orçamento de 2025 no Congresso.