

O Ibovespa subiu 3,14% na semana, passando de 125.034,63 pontos para 128.957,09 pontos – o maior patamar desde 11 de dezembro do ano passado. Apesar de ter começado o período em baixa, repercutindo os temores de recessão nos EUA , o Ibov virou para o positivo a partir da quarta-feira (12). Por trás do impulso, está o salto das commodities, em meio às notícias de que a China decidiu orientar bancos a aumentar os empréstimos para incentivarem o consumo no país. A alta dos insumos ajudou a moeda de países emergentes, como o Brasil; o dólar e o euro caíram -0,81% e -0,46% frente ao real na semana, atingindo os R$ 5,74 e R$ 6,25, respectivamente.
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Os balanços do 4º trimestre também continuaram fazendo preço, com as ações da Magazine Luiza saltando mais de 20% em função dos dados financeiros, enquanto os papéis da Natura despencaram pelos números abaixo do esperado. Já em Nova York, S&P 500, Dow Jones e Nasdaq caíram 2,27%, 3,07% e 2,43%, respectivamente. No exterior, a repercussão das tarifas impostas pelo presidente americano Donald Trump continuam pressionando as bolsas dos EUA para baixo. Na semana, a União Europeia e o Canadá, por exemplo, anunciaram retaliações às taxações sobre o aço e o alumínio propostas pelo republicano.
Maiores altas do Ibovespa na semana
As três ações que mais valorizaram na semana foram Magazine Luiza (MGLU3), B3 (B3SA3) e CSN (CSNA3).
- Magazine Luiza (MGLU3): 22,14%, R$ 9,60
As ações da Magazine Luiza dispararam 22,14% na semana, para R$ 9,60. A alta aconteceu após a divulgação do balanço do 4º trimestre de 2024 da varejista, que veio com lucro líquido de R$ 295 milhões. Mesmo com a euforia dos papéis, a leitura de algumas instituições financeiras, como a XP, é de que os resulados foram “mistos”.
A MGLU3 está em alta de 34,27% no mês. No ano, acumula uma valorização de 47,69%.
- B3 (B3SA3): 20,28%, R$ 12,87
Os papéis da B3 também subiram 20,28% na semana, atingindo R$ 12,87. A valorização ocorre na esteira da notícia de que a Câmara Superior do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) decidiu favoravelmente à empresa em um processo de R$ 5,7 bilhões, que discutia a amortização de um ágio gerado na incorporação da Bovespa em 2008.
A B3SA3 está em alta de 23,75% no mês. No ano, acumula uma valorização de 25,32%.
- CSN (CSNA3): 16,14%, R$ 10,22
Os resultados do 4º trimestre de 2024 da CSN, que mesmo com prejuízo líquido foram considerados acima do esperado, também estão por trás da alta de 16,14% das ações na semana. Os papéis fecharam o período em R$ 10,22.
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A CSNA3 está em alta de 19,95% no mês. No ano, acumula uma valorização de 15,35%.
Maiores baixas do Ibovespa na semana
As três ações que mais desvalorizaram na semana foram Natura (NTCO3), Azzas 2154 (AZZA3) e Auren (AURE3).
- Natura (NTCO3): -28,95%, R$ 9,50
Os papéis da Natura desabaram quase 30% na semana, atingindo a faixa de R$ 9,50. O balanço do 4º trimestre de 2024 desagradou os investidores. No período, a empresa teve prejuízo líquido de R$ 439 milhões, uma redução em comparação ao mesmo período do ano passado, quando o grupo perdeu R$ 2,6 bilhões.
A NTCO3 está em baixa de -26,53% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de -25,55%.
- Azzas 2154 (AZZA3): -19,17%, R$ 21,5
Rumores envolvendo divergências entre os principais executivos da empresa, Alexandre Birman e Roberto Jatahy, afetaram o desempenho dos papéis. As ações cederam 19,17%, aos R$ 21,50.
A AZZA3 está em baixa de -17,31% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de -27,32%.
- Auren (AURE3): -5,71%, R$ 7,59
O rebaixamento de recomendação feita pelo JP Morgan, de neutra para venda, afetou os papéis da Auren. No final, as ações cederam 5,71% na semana, aos R$ 7,59.
A AURE3 está em baixa de -2,57% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de -13,45%.
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*Com informações do Broadcast