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Mulheres chegaram ao espaço, mas ainda pagam o preço ao voltar da licença-maternidade

Na semana da Páscoa, que simboliza renascimento, o mercado ainda penaliza mulheres por gerar, cuidar e retornar

Por Ana Paula Hornos

18/04/2025 | 6:00 Atualização: 17/04/2025 | 12:12

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Mulheres enfrentam barreiras significativas em seus ambientes de trabalho (Foto: Adobe Stock)
Mulheres enfrentam barreiras significativas em seus ambientes de trabalho (Foto: Adobe Stock)

Na semana da Páscoa, símbolo de renovação e esperança, duas notícias chamaram a atenção e revelaram um contraste marcante sobre o papel da mulher na sociedade contemporânea.

Leia mais:
  • OPINIÃO: O dia da mulher e o preço oculto da liberdade financeira
  • Série “Adolescência”: como o desamparo afeta a saúde mental e as finanças da Geração Z
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De um lado, a primeira missão espacial composta exclusivamente por mulheres fez história ao decolar com seis tripulantes, incluindo a cantora Katy Perry, tornando-se a primeira artista musical a ir ao espaço. A missão visou não apenas a promoção do turismo espacial, mas também o empoderamento feminino na ciência, tecnologia e cultura.

Do outro, uma ex-vice-presidente do Goldman Sachs denunciou ter sido vítima de assédio moral após retornar da licença-maternidade, sendo rebaixada de cargo e isolada de decisões importantes.

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Esses episódios ilustram a dicotomia entre o progresso simbólico e a realidade concreta enfrentada por muitas mulheres, especialmente no mercado financeiro.

Mulheres: o abismo entre o céu e o chão corporativo

Enquanto celebramos conquistas como a da missão espacial feminina, que simbolizam o avanço das mulheres em áreas antes dominadas por homens, é crucial reconhecer que muitas ainda enfrentam barreiras significativas em seus ambientes de trabalho.

No Brasil, a desigualdade salarial persiste. Dados de 2024 mostram que as mulheres recebem, em média, 21% a menos que os homens. Essa disparidade é ainda mais acentuada para mulheres negras, cuja média salarial fica em apenas 47% do que recebem homens não negros.

Além disso, em cargos de alta gestão, as mulheres recebem 27% a menos que os homens. Mesmo com maior escolaridade, enfrentam obstáculos sistêmicos para alcançar posições de liderança e igualdade de oportunidades.

  • Leia mais: Mulheres ganham R$ 40 mil a menos por ano do que homens em cargos de liderança, mostra pesquisa

Do burnout à legislação: saúde mental como indicador financeiro

Essas desigualdades de gênero não são apenas éticas — elas têm impacto financeiro direto. O número de afastamentos por transtornos mentais no Brasil bateu recordes, com depressão, ansiedade e estresse entre os principais motivos de licenças médicas em 2023, segundo dados do INSS. Discriminação e assédio, como relatado pela executiva do Goldman Sachs, estão entre os principais gatilhos silenciosos de adoecimento.

A nova regulamentação brasileira de saúde mental no trabalho, que entrou em vigor recentemente com atualização da NR-01, exige das empresas uma postura ativa na promoção de ambientes psicologicamente seguros. Isso inclui mapear riscos psicossociais, rever políticas internas, capacitar lideranças e implementar planos de ação contínuos.

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Tenho acompanhado de perto esse movimento como consultora em saúde mental organizacional, ajudando empresas a se adequarem à nova legislação — não apenas por obrigação legal, mas porque está cada vez mais claro que saúde mental é um ativo estratégico, com impacto direto em indicadores como absenteísmo, produtividade, retenção e reputação da marca empregadora.

Investidoras em ascensão, mas ainda minoria

Apesar dos desafios, há sinais de progresso. O número de mulheres investidoras na Bolsa de Valores bateu recorde ao fim de 2024, chegando a 1,38 milhão de CPFs, representando um crescimento de 7% em relação ao ano anterior. Entretanto, elas ainda são minoria entre os investidores. Na renda variável, os CPFs de homens representam 74% do total. A participação feminina tem crescido, mas barreiras culturais e disparidades salariais continuam dificultando sua entrada e permanência no mercado financeiro.

  • Veja também: Mais investidoras estão dispostas a correr risco na renda variável

Páscoa: um chamado à reflexão e transformação

A Páscoa, além de seu significado cristão central — a ressurreição de Cristo —, também nos convida a refletir sobre as estruturas que seguimos sustentando aqui na Terra. De que adianta romper a gravidade e alcançar o espaço, se ainda não somos capazes de garantir equidade e respeito no retorno?.

A fé cristã afirma que, diante de Deus, não há distinção entre povos, gêneros ou posições — todos são acolhidos quando praticam a justiça. Se essa é a promessa nos céus, por que seguimos aceitando desigualdades tão profundas por aqui? O verdadeiro desafio é fazer com que essa visão de unidade e imparcialidade divina inspire nossas relações humanas — inclusive no mundo do trabalho.

É essencial que empresas e instituições reconheçam a complexidade e a pluralidade das mulheres no mercado — com suas múltiplas identidades, fases de vida e trajetórias. Valorizá-las vai muito além da maternidade: significa criar ambientes seguros, inclusivos e respeitosos, onde elas possam prosperar sem renunciar a quem são.

A recente regulamentação sobre saúde mental nas empresas é um passo importante nessa direção, reforçando que assédio moral, discriminação e violências sutis não apenas geram sofrimento psíquico, mas também têm impacto direto sobre a produtividade, o clima organizacional e os indicadores de afastamento. A verdadeira transformação para mulheres virá quando celebrarmos não apenas as conquistas simbólicas, mas garantirmos dignidade e equidade em cada espaço de decisão, cada retorno da licença, cada reunião de trabalho.

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